As promessas de que poderíamos ter uma ponte nova sobre o Rio Tigre na ERS 477, rodovia que liga Erechim a Áurea, que deveria ficar pronta até o final do ano sofreu mais um revés e “azedou o caldo” e caiu por terra por culpa do próprio Daer e da Secretaria de Logística e Transporte do Estado. O secretário Juvir Costella, durante um congresso da Famurs, declarou em entrevista à Rádio Cultura que estava tudo certo e que as obras começariam no segundo semestre deste ano.
Vamos aos capítulos desta novela “A Ponte do Tigre”. Já se passaram inúmeros governos de vários partidos: um do PT, dois do MDB e dois do PSDB, e até agora só promessas. A população continua esperando os próximos capítulos.
Em um sábado gelado do mês de junho, o deputado Gilmar Sossella convocou a imprensa para anunciar ao lado da ponte que as obras seriam iniciadas em seguida. No entanto, isso não passou de uma promessa.
No primeiro mandato do prefeito Polis, ele cobrou do governador Tarso Genro a necessidade de construir essa ponte, e a resposta foi: antes de iniciar as obras do presídio no prolongamento da ERS 477, a ponte será construída. Não saiu nem a ponte nem o presídio; o município devolveu o terreno ao antigo proprietário.
Após muitas cobranças por parte dos prefeitos da AMAU, alegou-se que não havia técnicos disponíveis para fazer o projeto. O município de Erechim se prontificou e contratou uma empresa especializada para elaborar o projeto que foi enviado para o Daer e a Secretaria dos Transportes. Uma empresa de Erechim, que tinha uma adequação de valores ICMS com o estado no valor próximo ao custo da ponte; em vez de pagar ao estado, iria construir a ponte sem precisar fazer um edital. Então surgiu um técnico, dentro de não sei qual departamento, dizendo que o projeto precisava de adequações e que seria feita uma ponte totalmente nova. Os técnicos começaram a adequação do projeto que demorou mais de um ano até ficar pronto.
A empresa pressionava o estado para se ver livre desse débito, mas o projeto da ponte demorava. Até que no primeiro trimestre deste ano, o governo lançou o Refis do estado; a empresa, que tinha um acerto de aproximadamente de R$ 7 milhões, acabou pagando pouco mais de R$ 2 milhões.
Depois de tanto tempo, o projeto ficou pronto e foi encaminhado para a assessoria jurídica da Fazenda para elaborar o contrato entre o estado e a empresa para a construção da ponte. Mas quando chamaram a empresa para trocar os valores do ICMS com o estado e iniciar as obras da ponte, descobriram que a empresa não devia nada ao estado; assim “azedou o caldo”.
O prefeito Polis afirmou, em entrevista à Rádio Cultura nesta sexta-feira (13) que estará no Palácio Piratini: “Só sairei depois que tiver a confirmação de que será lançado um edital e que isso seja para ontem. Nossa parte foi feita, doamos o projeto, que não foi barrado, agora pela demora de quem quer que seja, não podemos aceitar. Só vou sair da palácio depois que tiver a certeza que será lançado um novo edital. A população de Erechim e os usuários da rodovia não podem ser penalizados pelo erro de quem quer que seja. Precisamos de uma solução urgente”, finalizou Polis.
Vamos aguardar os próximos capítulos da novela “A Ponte do Rio Tigre”, porque realmente azedou o caldo de vez.