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Queda no número de inadimplentes é mais acentuada no sul do país, mas 40% dos adultos brasileiros estão endividados

Está no Sul do Brasil a maior redução no número de pessoas inadimplentes em setembro deste ano e, mesmo com o aumento nos registros de empresas inadimplentes no período em todo o país, na Região Sul, a variação percentual das pessoas jurídicas endividadas também foi menor do que na amostra nacional no comparativo com o mesmo período do ano passado. É o que aponta o levantamento do SPC Brasil, obtido com exclusividade pela Federação Varejista do RS, que traça uma radiografia do endividamento mês a mês no Brasil. Conforme o levantamento, mesmo com a redução de -0,32% nos registros de pessoas físicas inadimplentes em setembro de 2024, estima-se que 67,54 milhões de brasileiros estão nesta condição, o que representa 40,91% da população adulta do país.

Quando o levantamento é aberto por faixa etária, é possível observar que a maior parte dos inadimplentes têm entre 30 a 39 anos. São mais de 16 milhões de pessoas, o que representa 49,11% da população brasileira nesta faixa etária. Mesmo não representando o maior volume de devedores, os 8,08 milhões de brasileiros entre 25 e 29 anos registrados no levantamento do SPC Brasil representam 50,48% deste recorte populacional.

Enquanto houve redução de -11,95% nos registros de inadimplentes com até 90 dias de dívidas, o levantamento mostra aumento desses registros quando o consumidor deve entre 1 e 4 anos. A média das dívidas dos brasileiros em setembro deste ano foi de R$ 4.386,62, mas 44,98% dos registros referem-se a pessoas que devem até R$ 1 mil.

O menor percentual de adultos inadimplentes está no Sul do Brasil. São 8,74 milhões de endividados, que representam 36,37% deste grupo. Entre o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. a redução de registros de pessoas físicas inadimplentes em comparação com setembro do ano passado chegou a -3,11%. Quando considerada a variação mensal da dívida, os números da região também são mais estáveis. Se em todo o país houve uma leve alta de 0,47% de registros entre agosto e setembro, no Sul, esta variação foi de 0,03%.

A região também teve a maior queda, de -3,78%, no comparativo anual do número de dívidas por inadimplente registrado. Na variação mensal, apesar do leve crescimento de 0,24% no Sul, esta foi a menor taxa de crescimento no número de dívidas por inadimplentes entre as regiões brasileiras. No contexto nacional, houve aumento de 0,20% na variação anual do número de dívidas, e de 0,74% quando considerada a comparação com agosto deste ano. Em média, o brasileiro inadimplente deve para 2,11 empresas.

Houve aumento de 2,17% no número de dívidas junto aos bancos, enquanto reduziu em -11,24% os registros em relação a contas de água e luz. A maior parte do endividamento do consumidor brasileiro é concentrada justamente no setor bancário (64,86%), quando no comércio, que teve redução de -6,06% no número de dívidas no período, estão registradas 10,69% das contas em atraso.

Empresas mais endividadas

Quando o levantamento considera as empresas devedoras, a maior parte dos credores das pessoas jurídicas são empresas do setor de Serviços, que concentram 74,52% das contas, e tiveram um incremento de 6,30% de contas em atraso no comparativo com setembro do ano passado. Entre as empresas devedoras, a maior parte (41,52%) também atua no setor de Serviços, apresentando uma alta nos registros de inadimplência em comparação com setembro do ano passado de 2,73%. Por outro lado, empresas de Agricultura, Comércio e Indústria tiveram reduções nos apontamentos de inadimplência no período.

Em todo o Brasil, o número de empresas inadimplentes aumentou 4,24% na variação anual e, no comparativo mensal, este aumento foi de 0,38%. Mais uma vez, a situação mostra-se mais controlada no Sul, onde a alta anual foi de 2,61%, a menor entre as regiões brasileiras, e mensal, de 0,35%.  Em média, as empresas inadimplentes devem R$ 6.648,78, e devem para 1,73 empresas. Em 38,67% dos casos de pessoas jurídicas registradas como inadimplentes, a dívida não ultrapassa os R$ 1 mil.

O levantamento apontou, porém, o maior aumento na inclusão de empresas com período entre 3 e 4 anos de dívidas, com uma variação de 18,62%. Elas também acumularam mais dívidas no período, com aumento de 5,39% em comparação com setembro de 2023 no número de contas em atraso para cada pessoa jurídica. Em relação ao mês anterior, a variação foi de 0,50%. No Sul, também houve aumento no número de dívidas por empresa inadimplente, mas com menor variação percentual, de 3,25% no intervalo de um ano.

Fonte: federacaovarejista.com.br

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