Que a primeira impressão não seja a que fica

A falta de amistosos consistentes não nos permite fazer qualquer avaliação mais profunda sobre o time do Ypiranga para a temporada 2018. Aliás, diga-se de passagem, também não será possível tecer qualquer comentário mais sólido antes de esperar por pelo menos três ou quatro rodadas na Divisão de Acesso, mas quem foi ao estádio Colosso da Lagoa no último domingo, dia 04 de março, saiu de lá um tanto quanto preocupado com o que se viu do time. Nas arquibancadas era perceptível o semblante de preocupação dos torcedores.

O sistema defensivo não comprometeu, mas também pouco foi exigido. O lateral esquerdo Ednei mostrou ter algumas qualidades também no apoio, enquanto o lateral direito se limitou apenas a marcar e jogar em linha. Depois da saída de Robson, enfim o Canarinho parece ter encontrado um volante com características semelhantes, o erechinense Tarik. Júlio Abuaté tentou ser o centro técnico do time, mas está muito aquém do que o time precisa. Para ser titular absoluto precisará render mais, caso contrário o banco de reservas será inevitável.

No ataque, William Ribeiro reiterou sua qualidade como velocista e driblador. Café foi a grande notícia do Ypiranga na tarde de estreia na Divisão de Acesso. O veloz atacante também tem boa capacidade de drible. Já dentro da grande área, Paulinho Simionatto ofereceu pouco perigo para a defesa do Esportivo, afinal, foram poucas as chances de gols lhe ofertadas durante os 90 minutos de bola rolando. O seu reserva imediato, Jajá, não esteve no banco em razão de um desconforto sentido dias antes da estreia.

Alguém espera algo diferente?

O discurso de que o time de Bento Gonçalves veio apenas para não perder e jogar o tempo todo atrás da linha da bola é verdade, mas alguém acredita que os outros times jogarão diferente dentro do Colosso da Lagoa? Cabe ao treinador Márcio Nunes buscar alternativas para superar essa estratégia defensiva dos adversários. A grande maioria, para não dizer a totalidade dos times, irá jogar fechado dentro do Colosso da Lagoa. Na Divisão de Acesso o Ypiranga é o clube diferenciado. Se esta foi uma desculpa para amenizar a baixa produção ofensiva, entendo, caso contrário estão nivelando o Canarinho por baixo.

Pontuar é importante

Neste sábado, 10 de março, às 19h, o Canarinho encara o Glória, no estádio Altos da Glória, em Vacaria, pela segunda rodada da Divisão de Acesso, e antes de pensar em vencer, é preciso não perder. O problema não é empatar com o Glória fora de casa, mas sim empatar com o fraco Esportivo em casa. Não é desprezível voltar de Vacaria com um ponto na bagagem. Na terceira rodada, o Ypiranga recebe o Tupi, no Colosso da Lagoa, e neste jogo o time de Márcio Nunes terá a obrigação de vencer.

Por Fabio Lazzarotto

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