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Projeto “Ser Doador”: uma jornada de esperança e solidariedade em Erechim

Durante esta semana, a equipe da Rádio Cultura e do Jornal Boa Vista teve o privilégio de conhecer de perto o inspirador projeto erechinense: Ser Doador. Uma iniciativa que não apenas tem impactado positivamente a vida de muitas pessoas, mas também tem tocado o coração de suas famílias. Duas das idealizadoras dessa nobre iniciativa são Tatiane Dezordi e Daniele Studzinski, mulheres corajosas e determinadas.

O ponto de partida para essa jornada foi em maio de 2023, quando Daniele Studzinski recebeu o diagnóstico de leucemia. “Começamos a nos deparar com vários problemas, não tínhamos doador, informação e nem mesmo conhecimento. Então eu, minha família, resolvemos nos mobilizar por uma causa maior, por um objetivo maior, que não fosse só o meu tratamento, mas ajudar outras pessoas. Assim foi criado o projeto Ser Doador, que tem uma ideia de mobilizar as pessoas e principalmente conscientizar”, compartilhou Daniele.

Desde então, o grupo tem trabalhado incansavelmente para espalhar a mensagem de solidariedade e esperança. Criaram um perfil no Instagram e passaram a promover ações que visam principalmente incentivar o cadastro de doadores de medula óssea. “Publicamos as ações planejadas, explicações sobre transplante de medula, que doenças necessitam de transplante, quais são os pré-requisitos para cadastro, bem como onde fazer esse cadastro, entre tantas outras informações que são necessárias para compreensão e engajamento de doadores entre 18 e 35 anos de idade”, explicou Tatiane.

Como cada paciente tem suas particularidades, quanto mais pessoas se engajarem, mais esperança haverá de encontrar um doador compatível. “Após o diagnóstico, sempre é feito um protocolo de quimioterapia. Isso é padrão em todos os tipos de leucemia. Algumas vão ter sim particularidades e aí serão, pela equipe médica, vinculados a um transplante. Porque tem leucemias que não se curam com a quimioterapia e outras sim. No meu caso, eu tenho dois agravantes e esses agravantes me fazem ter um transplante com uma única chance de cura. Muitos pacientes voltam a ter a leucemia pós-transplante também, mas sempre é feito todo um cuidado depois de transplantar, de imunossupressores para se curar, para se manter bem. Então, é um processo diferente para cada paciente”, acrescentou Daniele.

Frente a tantos casos e pedidos de ajuda, o grupo se organiza mensalmente, em parceria com a municipalidade, para levar pessoas até o Hemocentro Regional de Passo Fundo (Hemopasso), uma das entidades responsáveis pela coleta de dados para o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome). E nesta próxima segunda-feira (26), mais um grupo se deslocará até Passo Fundo, com vagas disponíveis para quem deseja se tornar um doador. Basta entrar em contato pelo Instagram @serdoador.

O projeto também está aberto para empresas, estabelecimentos e pessoas de modo geral que queiram se tornar parceiras dessa causa nobre e salvar vidas. Como o slogan do Ser Doador já diz: “você pode ser a esperança de alguém”.

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