Projeto de Lei de incentivo aos fertilizantes será protocolado pelo Deputado Paparico Bacchi

Em reunião com membros da Secretaria de Agricultura do RS foram discutidos as diretrizes para oferta de adubos e o programa de recuperação socioprodutiva da agricultura.

O deputado Paparico Bacchi participou de uma agenda, na manhã desta terça-feira (6), na Secretaria de Agricultura, com o secretário, Edivilson Brum, para debater políticas públicas sobre a utilização de fertilizantes e o programa de recuperação social, produtiva e ambiental da agricultura familiar.

Um projeto de lei para incentivar a produção e a oferta de fertilizantes no Rio Grande do Sul será protocolado pelo deputado Paparico. A ideia é seguir os passos de outros estados que já viabilizaram essa política com objetivo de suprir a demanda dos insumos, reduzir custos logísticos da cadeia de produção agrícola e incentivar a implantação e a modernização de indústrias do segmento.

Buscando aperfeiçoar e detalhar o projeto, o parlamentar fará uma viagem à China, no mês de agosto, para conhecer exemplos de plantas industriais de fertilizantes para que possam aplicar em solo gaúcho. Atualmente, o RS gasta R$ 1,2 bilhão por ano com fertilizantes que poderiam ser substituídos por produtos locais. Reduzir as importações desses produtos é um dos objetivos no fomento da instalação de novas indústrias.

Recuperação de solos

Foram debatidos a implementação de um programa de análise e recuperação de solo com a utilização de calcário para a corretagem de solos danificados pelas intempéries climáticas. Segundo estudos da Emater/RS-Ascar, a aplicação de calcário poderia aumentar em até 58% a produtividade das lavouras de grãos no estado. A correção do solo com calcário reduz em até 40% os custos com fertilizantes químicos, melhora a resistência das plantas às variações climáticas e aumenta a eficiência no uso da água.

Conforme dados do Sindicato da Indústria de Extração de Mármore, Calcário e Pedras do Rio Grande do Sul (Sindicalc), o setor produz 3,8 milhões de toneladas de calcário por ano, mas demanda seria de, no mínimo 9 milhões de toneladas. O maior município produtor do mineral no estado é Caçapava do Sul, que concentra 85% da produção.

Um levantamento realizado pela UFRGS e Embrapa comprova que a cada RS 1 investido em calagem pode gerar até R$ 7 em retorno econômico para culturas anuais, com média de R$ 5,20 na agricultura familiar. Os resultados são visíveis entre a segunda e a terceira safra.

Outra demanda abordada foi o Projeto de Lei nº 109/2025, que institui o Programa de Recuperação Socioprodutiva, Ambiental e de Incremento da Resiliência Climática da Agricultura Familiar Gaúcha. A pauta foi aprovada em sessão plenária nesta terça-feira (6).

Participaram da reunião o presidente do Sindicalc, Carlos Cavalheiro, diretor do Sindicalc, Roberto Zamberlan, presidente da Associação Brasileira do Carbono Sustentável, Fernando Luiz Zancan, diretor do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária, Caio Efron, diretor do Departamento de Defesa Vegetal, Ricardo Felicetti, responsável pela Agricultura de Baixo Carbono da SEAPI, Jackson Brilhante, chefe de Gabinete, Joel Maraschin, diretor Geral da SEAPI, Marcio Amaral, assessor de gabinete, Antônio de Quadros Neto, e a chefe de gabinete parlamentar, Janine Moreira.

Por Assessoria de Comunicação

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