O empresário Walmir Badalotti participou do programa Estúdio Boa Vista, da Rádio Cultura, nesta quarta-feira (27), e destacou a importância da construção de vias paralelas na ERS 135, no trecho entre Erechim e Getúlio Vargas. Ele enfatizou a urgência de intervenções no trecho próximo à saída de Erechim, conhecido como corredor de desenvolvimento.
Atualmente, diversas indústrias estão instaladas nessa região, e outras já têm projetos aprovados para construção. O movimento de veículos cresceu significativamente nos últimos anos, e a rodovia, construída na década de 1970, não suporta mais o fluxo atual, tanto de carros de passeio quanto de caminhões de carga pesada.
Badalotti lembrou que, quando foi secretário do Desenvolvimento de Erechim em 2009, criou os chamados corredores de desenvolvimento, localizados nas saídas para Getúlio Vargas e Concórdia. A iniciativa foi pensada para facilitar a instalação de empresas nesses locais, uma vez que o Distrito Industrial Irani Jayme Farina já estava completamente ocupado, sem áreas disponíveis. A ideia era oferecer toda a infraestrutura necessária nos corredores criados. Passados 15 anos, as empresas começaram a se instalar ao longo dessas duas importantes rodovias, a BR-153 e a ERS 135, e agora surge a necessidade de melhorar o acesso e a segurança, devido ao aumento do fluxo de tráfego.
O secretário do Desenvolvimento de Erechim, Emerson Schelski, juntamente com a deputada Nadine e outras lideranças, reuniu-se na semana passada com o diretor da EGR (Empresa Gaúcha de Rodovias) em Porto Alegre, buscando uma alternativa viável enquanto a duplicação da rodovia não é concretizada. Badalotti explicou que a duplicação da rodovia é um processo complexo e de difícil execução a curto prazo, pois envolve divergências de opiniões. “Quando se apresenta uma solução, há sempre uma parcela a favor e outra contra. Uns dizem que não pode ter pedágio, outros questionam a tarifa. Precisamos sentar e encontrar uma solução que atenda a todos os interesses envolvidos”, afirmou. No entanto, o objetivo final continua sendo a duplicação da rodovia.
Os empresários estão dispostos a formar uma parceria entre o Poder Público e a iniciativa privada. Para isso, já foi criado um grupo, e as empresas estão organizando reuniões para viabilizar o projeto de construção de trevos. Um projeto piloto já está em execução e deve ser concluído nos próximos 30 dias. A EGR aceitou a proposta de apresentação de um projeto detalhado para a construção de acessos, que, após aprovação, será executado. Conforme Walmir Badalotti, o grupo de empresários contratou o engenheiro Lawson, especialista na área, para elaborar o projeto, que está sendo custeado pelos próprios empresários.
Após a aprovação da EGR, serão construídas pistas de aceleração e desaceleração, além de trevos para garantir maior segurança no tráfego. A ideia é implementar o chamado “trevo Alemão”, uma solução que promete melhorar a fluidez e a segurança no corredor de desenvolvimento.
Conforme Walmir Badalotti, hoje há um risco diário de ocorrer um grave acidente de trânsito nesse local. Além das empresas já instaladas, há também a Cantina Debona, que se tornou um ponto turístico com grande movimentação de pessoas e até mesmo de ônibus que se deslocam até o local. Somado a isso, há o intenso fluxo de veículos gerado pelo campus da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), localizado logo adiante.
Atualmente, caminhões de 40 a 50 toneladas e até 30 metros de comprimento precisam acessar as empresas ali situadas, resultando em um constante entra e sai de veículos pesados. Por isso, a realização de obras para melhorar a fluidez e a segurança do trânsito é urgente.
A Prefeitura de Erechim já se posicionou como parceira do projeto, disponibilizando máquinas para a execução da terraplanagem. Já os empresários entrarão com os materiais necessários para a pavimentação.
Por: Edson Machado da Silva
