Primeiro transplante capilar realizado na Unimed Erechim tem dez horas de duração e mais de 10 mil fios implantados

A técnica utilizada foi a FUE (Follicular Unit Extraction), considerada mais moderna e precisa. Durante o procedimento, o paciente pode fazer pausas, como ir ao banheiro e se alimentar.

Trabalhar além da técnica, fortalecer a autoestima e resgatar a identidade, essa é uma das premissas que movem a área de dermatologia. E foi com esse propósito que o Hospital Unimed Erechim sediou, pela primeira vez, um transplante capilar em ambiente hospitalar. O procedimento, também conhecido como implante, foi realizado em um homem de 42 anos, com o acompanhamento de uma equipe especializada e estrutura necessária para garantir segurança, conforto e resultado.

A intervenção realizada neste mês de julho, foi conduzida pela médica dermatologista Ariane Assoni (CRM 42057). Com duração de aproximadamente dez horas, a técnica utilizada foi a FUE (Follicular Unit Extraction), considerada atualmente a mais moderna e precisa para este tipo de cirurgia. Pode ser realizada com anestesia local, sem a necessidade de internação. Durante o procedimento, o paciente pode fazer pausas, como ir ao banheiro e se alimentar. Ao todo foram implantados 10.120 fios.

A médica explica que o paciente procurou auxílio devido à presença de calvície nas regiões da coroa e das entradas do couro cabeludo. Após avaliação clínica, foi diagnosticada alopecia androgenética, condição genética conhecida como calvície, comum entre homens, mas que também pode acometer mulheres.

“O paciente apresentava áreas com perda total dos fios, onde os tratamentos clínicos costumam ter eficácia limitada. Nesses casos, é possível observar alguma melhora na densidade capilar, mas dificilmente há um preenchimento completo ou natural das áreas afetadas .”

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o transplante capilar é reconhecido como um procedimento médico (ato cirúrgico), sendo realizado por médicos dermatologistas ou cirurgiões plásticos com registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) e com o Registro de Qualificação de Especialista (RQE).

Como é realizada a cirurgia

O procedimento consiste na transferência de folículos capilares de uma área doadora para uma receptora do couro cabeludo. O reimplante acontece fio a fio em regiões afetadas pela calvície ou rarefação capilar, que é o afinamento ou diminuição da densidade dos fios de cabelo em uma determinada área do couro cabeludo. Esta técnica permite um crescimento natural e progressivo dos fios, devolvendo volume e densidade do cabelo.

“É um procedimento cirúrgico que demanda tempo e cuidado, mas é tranquilo de ser realizado. Iniciamos com a extração dos fios da área doadora, que geralmente é a região da nuca e das têmporas, locais que não sofrem calvície”, explica a médica.

Após a extração, os fios são cuidadosamente separados, contados e analisados para garantir a qualidade dos enxertos. Em seguida o paciente é posicionado de barriga para cima para a preparação da área receptora, onde os fios serão implantados individualmente.

“Por meio da técnica FUE conseguimos resultados mais naturais, pois implantamos os fios um a um, respeitando o desenho e o crescimento natural do cabelo. Neste caso, realizamos o implante de mais de dez mil fios de cabelo. Esta técnica evita cicatrizes lineares e aquele efeito de ‘cabelo de boneca’, com tufos visíveis.”

Recuperação e resultados

A recuperação após o transplante capilar é geralmente rápida e tranquila, com orientações específicas para cuidados nas primeiras semanas, evitando exposição solar direta e esforços físicos intensos. Os primeiros sinais de crescimento costumam aparecer entre o terceiro e o quarto mês após o procedimento, com a densidade e o volume atingindo o resultado final em até um ano.

“O procedimento é praticamente indolor e, no pós-operatório, o que pode ocorrer é um leve desconforto, principalmente na área onde retiramos os fios, além de um discreto inchaço na região onde foram implantados. Mas de modo geral, é um processo muito tranquilo”, relata a médica.

Para o resultado desejado pelo paciente é importante manter o acompanhamento médico a longo prazo. “É um processo progressivo, mas muito satisfatório, que traz impactos positivos não só na aparência, mas também na autoestima do paciente”, completa a médica.

Autoestima renovada

O transplante capilar exerce impacto significativo na autoestima dos pacientes. A calvície pode causar um abalo considerável na confiança e o procedimento cirúrgico possibilita a recuperação do volume capilar, contribuindo para a satisfação pessoal de cada paciente.

A profissional explica que cada caso precisa ser avaliado de forma individualizada. “Nem todos os pacientes têm área doadora suficiente, por isso é essencial alinhar expectativas e realizar uma avaliação detalhada em consultório. Assim conseguimos indicar a melhor abordagem, seja por transplante ou por tratamento clínico.”

Com a realização deste procedimento, o Hospital Unimed Erechim passa a oferecer uma nova possibilidade de cuidado dermatológico cirúrgico com segurança hospitalar, reforçando seu compromisso com a inovação e o bem-estar de seus pacientes.

 

Fonte e foto: Unimed Erechim

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