Em entrevista ao Estúdio Boa Vista nesta segunda-feira (07), o presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) de Erechim, Anacleto Zanella, afirmou que o período atual é de organização da próxima diretoria para o mandato de quatro anos. O prazo para a formação das chapas encerra-se em 14 de abril, quando deverão ser definidos os nomes para a presidência, executiva municipal, diretório, comissão de ética e conselho fiscal – todos os cargos necessários para a composição da chapa.
A eleição será direta, envolvendo todos os filiados e filiadas do PT em Erechim, assim como ocorrerá em nível estadual e nacional. O partido retomou o sistema de eleições diretas em todos os níveis, e as inscrições das chapas vão até o dia 14. Segundo Zanella, esta será uma semana intensa de negociações para formar uma chapa representativa dos diversos setores e lideranças que compõem o PT no município. A votação está marcada para 6 de julho, provavelmente na Câmara de Vereadores, onde todos os filiados poderão participar e escolher os presidentes e diretorias locais, estaduais e federais.
O PT possui em Erechim entre 1.100 e 1.200 filiados. De acordo com Anacleto, embora alguns se afastem com o tempo e outros não participem ativamente, cerca de 200 a 250 filiados costumam comparecer a convenções e encontros – um cenário comum em outros partidos.
Na sexta-feira (04), foi realizada uma plenária na sede do Sindicato dos Metalúrgicos, com a presença de 40 a 50 pessoas. O debate centrou-se nos desafios do PT para o próximo período, especialmente as eleições de 2026, para as quais o partido precisa se preparar. Além disso, destacou-se a importância das lutas sociais e do apoio ao governo Lula.
“Entendemos que o presidente da República tem feito muito, mas ainda há mais a ser feito”, disse Zanella. Entre os principais desafios estão o custo de vida e a inflação, que tem elevado os preços de produtos essenciais além do poder aquisitivo da população. O governo federal já está implementando políticas públicas para enfrentar essas questões, incluindo a abertura do mercado externo para produtos alimentícios, com o objetivo de reduzir preços. A queda no valor do óleo diesel foi uma medida positiva, mas outras ações ainda são necessárias.
Zanella também destacou os avanços econômicos do país: “Ao contrário do que se previa, o Brasil não ‘virou uma Venezuela’ em seis meses. Nos últimos dois anos, tivemos crescimento do PIB – 2,9% em 2023 e 3,4% no ano passado –, surpreendendo até os mais pessimistas”. Além disso, o salário mínimo tem aumentado acima da inflação, e o governo isentou de Imposto de Renda quem ganha até dois salários mínimos. Recentemente, foi enviado ao Congresso um projeto para elevar esse limite para R$ 5 mil a partir de 2025.
“Essas são medidas que apoiamos e que reforçam nosso compromisso com o governo Lula, um governo democrático e comprometido com a população”, concluiu o presidente do PT de Erechim.
Por: Edson Machado da Silva
