Preços dos eletroeletrônicos têm queda anual de 7,4% em março de 2024

Os preços dos produtos eletroeletrônicos oferecidos por meio da internet tiveram uma queda anual de 7,4% em março de 2024, de acordo com o Índice de Preços Fipe/Buscapé. A pesquisa, que monitora 47 categorias de eletroeletrônicos e mais de 2 milhões de preços continuamente com informações do principal comparador de preços do país, mostra que a variação de março é semelhante à média das variações anuais dos últimos seis meses, com pequenas diferenças entre eles, indicando estabilidade do índice no período.

Os preços dos eletroeletrônicos tiveram queda anual em todos os meses desde janeiro de 2023, ao contrário do que vem ocorrendo com os preços em geral. A queda mensal de -1,29% nos preços de eletroeletrônicos vista em março vem logo após as quedas de -0,05% em janeiro, e de -0,56% em fevereiro, e reforça o cenário de deflação do segmento que, de acordo com a série de 27 meses do Índice Fipe/Buscapé, teve aumentos de preços somente em 5 meses.

Para Sergio Crispim, pesquisador da Fipe, o movimento de queda de preços é global e pode ser considerado normal para o setor. “Fatores estruturais e a inovação no setor de tecnologia fazem com que haja uma sistemática redução nos preços dos produtos ao longo do tempo. Cenários de alta em determinadas categorias são influenciados por fatores externos pontuais, como é o caso do ar-condicionado”, explica o pesquisador.

Apenas duas categorias tiveram aumento de preço no período anual de março/24 comparativamente a março/23: ar-condicionado (16,7%) e ventilador e circulador (1,6%). Ambos foram pressionados principalmente pelo desequilíbrio entre demanda e oferta, derivado do calor atípico e de problemas logísticos, que resultaram em expressivos aumentos mensais no último quadrimestre de 2023, com um pico de 7,4% em dezembro.

Smartphones continuam em queda
A categoria de smartphones é sempre a principal no cenário de quedas de preço. Em março, o produto ficou, em média, 14,9% mais barato, seguindo a tendência de meses anteriores. Além dos celulares, destacam-se monitores (-13,9%), notebooks (-12,5%) e pc-computadores (-12,0%).

Fonte: Correio do Povo 

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