Polícia investiga se há gaúchos entre vítimas de suspeito considerado maior compartilhador de pornografia infantil no RS
Após a prisão do homem suspeito de ser o maior compartilhador de pornografia infantil no Rio Grande do Sul, a Polícia Civil investiga agora se alguma criança ou adolescente gaúcha está entre as vítimas presentes nos arquivos armazenados e distribuídos por ele.
Com técnicas avançadas de análise e perícia digital, os conteúdos encontrados no computador do homem estão sendo averiguados por equipes da polícia e do Instituto-Geral de Perícias (IGP). O objetivo é caracterizar o crime e garantir que possíveis vítimas residentes no Estado sejam localizadas.
Segundo a Polícia Civil, o montante de conteúdo encontrado no dispositivo eletrônico do suspeito representa milhares de fotos e vídeos de pornografia infantil. Até o momento, apenas crianças e adolescentes estrangeiros foram constatados entre as vítimas nos arquivos salvos e compartilhados pelo homem.
Um homem de 48 anos foi preso em flagrante no último dia 27 em Torres, no Litoral Norte, sob a suspeita de armazenar e distribuir conteúdos de pornografia infantil. A prisão aconteceu durante a Operação Innocentia, liderada pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente de Canoas (DPCA).
Segundo a investigação, o homem baixaria conteúdos da internet e da deepweb (camada fora da navegação tradicional e sem regulação) diariamente e de forma ininterrupta.
O suspeito foi conduzido ao Presídio de Osório. Durante depoimento à polícia, ele optou por não se manifestar.
Como agia o maior compartilhador de pornografia do RS
O homem residia na região central de Torres e não trabalhava. A polícia acredita que ele possua conhecimentos avançados em informática para conseguir acessar as camadas mais profundas da internet para procurar, baixar e compartilhar esses conteúdos.
A partir da investigação foi constatado que, devido à compulsão pelo consumo de material pornográfico envolvendo menores, o homem passava a maior parte dos dias dentro do próprio quarto, visualizando e distribuindo arquivos do tipo.
Durante o período em que o alvo foi monitorado pela polícia, cerca de seis meses até a prisão, foi constatado que o volume de arquivos consumidos e compartilhados por ele foi expressamente maior do que todos os alvos já investigados pela instituição em todo Estado.
Prendemos, sem sombra de dúvidas, o maior compartilhador de pornografia infantil do Estado. Investigações como essas são tratadas como prioridade, são permanentes e serão intensificadas até o final do ano.
CRISTIANO RESCHK
Diretor da Delegacia Regional de Canoas
Até o momento não foram encontradas provas que confirmem que o homem comercializava esses conteúdos. No entanto, as investigações sobre o caso seguem em andamento.
Por GZH