Polícia indicia quatro pessoas por assassinato de mulher durante ritual em cemitério no RS

Crime foi cometido dia 9 de fevereiro em Formigueiro, no Centro do estado. Grupo, que está preso, vai responder por homicídio qualificado. Duas das pessoas, líderes religiosas, admitiram que bateram na mulher "para expulsar o encosto, o espírito do mal que estava nela"

A Polícia Civil indiciou por homicídio qualificado, na segunda-feira (26), quatro pessoas pelo assassinato de uma mulher durante um suposto ritual religioso dentro de um cemitério em Formigueiro, na Região Central do Rio Grande do Sul. A vítima foi identificada como Zilda Correa Bittencourt, de 58 anos.

Foram indiciados Francisco Guedes, 65 anos, apontado como líder de um centro religioso na localidade de Passo do Maia, e também os irmãos Nayana Rodrigues Brum, 33, e Larry Chaves Brum, 23, além de Jubal dos Santos Brum, de 67 anos.

Ariel Cardoso, advogado que defende um dos indiciados, disse que “ainda é muito cedo para fazer grandes afirmações sobre o processo”, e que deve se manifestar a respeito a partir do que decidir o Ministério Público em relação ao inquérito.

Márcia Pereira da Silva, advogada que defende os demais, disse que ainda está “analisando os pontos do inquérito e laudo para posterior manifestação”.

As quatro pessoas estão presas. De acordo com a Polícia Civil, os qualificadores do crime são “motivo torpe, meio cruel e recurso que impediu ou dificultou a defesa da ofendida“. Duas das pessoas, líderes religiosas, admitiram que bateram na mulher “para expulsar o encosto, o espírito do mal que estava nela“. Segundo a polícia, a mulher teria sido amarrada em uma cruz e espancada.

“Mas disseram, também, que não lembram muito do que fizeram porque estavam com entidades incorporadas“, divulgou a Polícia Civil.

Laudo de necropsia emitido pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP) apontou que a causa da morte aconteceu por “ferimentos por instrumento contundente”.

O caso

Casa onde ritual teria começado — Foto: Fernando Ramos/Formigueiro REALOs espancamentos teriam começado em uma casa que era usada para rituais, segundo a Polícia Civil. Em seguida, a mulher foi levada ao cemitério, mas voltou à casa e, por fim, retornou ao cemitério. O processo teria sido acompanhado pelo marido e filho dela.
Na segunda passagem pelo cemitério, quando a mulher morreu, o filho e o marido dela teriam sido orientados a ficar do lado de fora, esperando pelo fim do ritual. Ao estranharem a demora, teriam entrado no local e encontrado a mulher morta, amarrada em uma cruz.
Atendimento médico foi solicitado pelos familiares. Teria sido neste momento que a polícia foi acionada. Posteriormente, duas pessoas foram presas em flagrante. No dia seguinte, mais dois foram presos.

Fonte: Por g1 RS e RBS TV

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