Palestrantes destacam importância, necessidade de gestão e adaptação ao século 21, mercados e que o futuro do Brasil está ligado ao agro
Referências no Brasil, os palestrantes Aldo Rebelo, Antônio da Luz e Eduardo Condorelli compartilharam muitas informações e análises para evolução da agricultura e pecuária do país
O público se fez presente na 1a edição do Protagoniza Agro realizado no Salão de Eventos do Polo de Cultura, no Parque da ACCIE, em Erechim, na manhã desta quinta-feira (22). O seminário trouxe referências no setor agrícola e na geopolítica brasileira, que compartilharam muitas informações, análises, apresentaram os desafios atuais e para as próximas gerações, mostraram a força, importância e as oportunidades do setor agrícola, que é fundamental para o desenvolvimento social e econômico e o futuro do Brasil. O seminário é uma promoção do Sindicato Rural de Erechim e da Comissão Jovem do sindicato e faz parte da programação da Fenagro e da Frinape 2024.
Primeira palestra
A primeira palestra foi do ex-ministro, Aldo Rebelo, iniciou o seminário com o tema “O Brasil e o agro” e abordou a importância da agropecuária e da agroindústria, a importância social destas atividades que são geradoras de empregos urbanos e rurais. “Porque os equipamentos agrícolas, as máquinas, os insumos, são produtos urbanos, empregos criados nas metalúrgicas, indústria química e farmacêutica, como as vacinas para os animais”, explicou ele.
Ele também destacou a importância da segurança alimentar. “Porque a população precisa ter acesso à alimentação, a custo compatível com a renda dos brasileiros, que é muito baixa”, disse Aldo.
Além disso, a agropecuária e da agroindústria tem importância para a economia, porque a agricultura e a pecuária oferecem estabilidade para a moeda do Brasil, com as exportações. “Elas têm importância para a cultura do país, para música, literatura, que se inspiram no Brasil rural”, ressalta.
Segundo Aldo, estas atividades são importantes para o Brasil em todos os aspectos e por isso devem ser valorizadas. “O futuro do Brasil está ligado à agricultura e a pecuária, o Brasil pode voltar a ter indústria de alta tecnologia, pode, produzir microprocessadores e concorrer com EUA e China, pode, mas não agora, O Brasil agora, depende muito do apoio e do excedente criado pela agropecuária e agroindústria para retomar algum tipo de protagonismo na indústria, e, pra isso, vai precisar de quem planta soja, milho, trigo e cria vacas, quem processo estes produtos na agroindústria do país”, enfatiza Aldo.
Segunda palestra
As “Oportunidades e desafios para o agro gaúcho”, foi o tema da segunda palestra do seminário, com Antônio da Luz, economista-chefe da Farsul. “O Protagoniza Agro é um evento novo, mas com enorme repercussão e importância para o Estado do RS como um todo”, destaca.
Ele abordou a gestão nas propriedades rurais e como se pode e deve evoluir neste tema. “Este é um dos maiores desafios do agro brasileiro. Hoje temos que cuidar mais do dinheiro do que da lavoura. A lavoura é o meio, o dinheiro é o início e o fim. Nosso negócio se tornou, hoje, extremamente complexo, e esta complexidade exige um nível gerencial muito mais elevado, esta é a questão de sobrevivência do negócio. Quanto mais complexo se torna o processo de produção, mais desafiador se torna lidar com o dinheiro. Estamos evoluindo, mas é preciso acelerar.
Terceira palestra
“O papel do jovem neste novo agronegócio”, foi o tema desenvolvido pelo superintendente do Senar/RS, Eduardo Condorelli. “Evento desta magnitude é extremamente importante para a região e todo o RS, dada a importância que esta região tem para a economia do Estado. O desafio é nos adaptarmos ao século 21, a agricultura e pecuária que hoje se faz no país, não permite mais que tenhamos produtores preocupados com apenas aquilo que nos preocupamos no século passado, décadas de 1970 e 1980. A agricultura e pecuária do século 21 exige muito mais do produtor, exige da pessoa que está no comando dos negócios e, também, da família, como um todo, ou seja, inclusive, abrindo espaço para que mais membros da família participem do negócio”, comenta ele.
“O segmento rural é estratégico, porque a partir do agro, da crença daquilo que acontece dentro das propriedades rurais, que conseguiremos gerar empregos, postos de trabalho, bem remunerados, não só dentro das propriedades, mas também na zona urbana onde muito se demanda para que o agro aconteça e muito se processa daquilo que o agro faz de melhor. Efetivamente, o que mais preocupa qualquer empresário é a possibilidade da falta de clientes, e este problema a agricultura e a pecuária do nosso país não tem, temos cliente no mundo para garantidamente demandarem produtos por 30 anos, por mais 50 anos”, observa Eduardo Condorelli.
Por Ascom