No Japão, Famurs conhece dois centros de referência em resiliência climática e gestão de riscos
Comitiva da missão internacional, liderada pelo governo do Estado, visitou os institutos NIED e ICHARM, em Tsukuba.
A comitiva gaúcha da missão ao Japão visitou nesta quarta-feira (20/11) dois centros de referência na mitigação de danos causados por desastres naturais, em Tsukuba: o Instituto Nacional de Pesquisa para Ciências da Terra e Prevenção de Desastres Naturais (NIED) e o Centro Internacional de Gestão de Riscos Hídricos (ICHARM). As visitas, que contou com a presença do presidente da Famurs, Marcelo Arruda, tiveram o objetivo de aprofundar o conhecimento sobre soluções tecnológicas e científicas, construídas para enfrentar os desafios impostos por desastres naturais.
No NIED, foram detalhadas tecnologias avançadas para monitoramento e mitigação de riscos naturais, incluindo terremotos, inundações e deslizamentos de terra. O instituto apresentou sistemas de alerta precoce que integram sensores e modelos preditivos para minimizar os impactos de desastres naturais em áreas vulneráveis.
A agenda também incluiu uma visita a uma estrutura construída para simular situações de chuva extrema e de deslizamentos de terra. O espaço custou o equivalente a R$ 370 milhões e serve para aprofundar os estudos realizados no centro.
No ICHARM, o foco foi a gestão de riscos hídricos, tema diretamente relacionado aos desafios enfrentados pelo Rio Grande do Sul, especialmente após as enchentes que atingiram o estado em maio deste ano. O centro apresentou ferramentas de modelagem e previsão hidrológica, que permitem identificar áreas de risco e planejar ações de mitigação com antecedência.
Os pesquisadores do ICHARM também compartilharam exemplos de colaborações internacionais em projetos de gestão hídrica e ressaltaram a importância da cooperação entre governos e instituições científicas.
Para o presidente Marcelo Arruda, as agendas do dia são cases importantes, que mostram as boas práticas em resiliência climática e podem, dentro das proporções, serem adaptados para o Rio Grande do Sul. “Os institutos foram criados para o Japão ter mais resiliência. Eles estudam a intensidade das chuvas, a resistência do solo, para realmente preparar toda a infraestrutura do país para estar resistente a terremotos, tsunami e outros eventos climáticos, que acabam trazendo muitos problemas quando ocorrem. Os órgãos dos governos estão interligados para criar padrões de obras, seja na construção de novos prédios e casas, na construção de asfaltos e linhas de trem. Através da ciência, das universidades e desses institutos, permite-se que o país esteja preparado para ser mais resiliente e, principalmente, criando todo um sistema para preparar a população e a gente não perder nenhuma vida”, avaliou.
Conforme o presidente da Famurs, o trabalho realizado no NIED e no ICHARM inspira o fortalecimento de parcerias do Brasil com institutos da ciência para estudar, avançar e aprimorar sistemas de segurança.
Além do presidente Arruda e do governador Eduardo Leite, participaram das agendas, os secretários estaduais Artur Lemos (Casa Civil), Ernani Polo (Desenvolvimento Econômico), Caio Tomazeli (Comunicação), Pedro Capeluppi (Reconstrução Gaúcha) e Ronaldo Santini (Turismo); o procurador-geral do Estado, Eduardo Cunha da Costa; o presidente da invest.RS, Rafael Prikladnicki; o presidente da Assembleia Legislativa, Adolfo Brito; e o líder do governo, Frederico Antunes.
Por Redação Jornal Boa Vista
Com informações Famurs