“Não importa se é bilionário ou sem-teto, não há leito de UTI em Chapecó e no oeste catarinense”, diz prefeito da cidade

Segundo João Rodrigues, município de Santa Catarina vive em situação de colapso no sistema de saúde

O prefeito de Chapecó João Rodrigues (PSD) foi enfático ao alertar, nesta terça-feira (16) de Carnaval, sobre a situação do sistema de saúde do município catarinense diante da pandemia de covid-19. Nos últimos dias, os atendimentos no município passaram de 250, em média, para mais de 700, nos dois ambulatórios de campanha e UPA 24h.

— Lamentavelmente, estamos em colapso. (…) Temos hospitais lotados, pacientes entubados em UPA. Não há espaço para nada. Estamos numa operação de guerra para aumentar leitos de UTI. É uma missão quase impossível — afirmou, em entrevista ao Gaúcha Atualidade

— Não importa se tu é bilionário ou sem-teto, não tem leitos de UTI em Chapecó e no oeste catarinense — completou.

No último domingo (14), dos 53 testes realizados no município, 73% deram positivo para a covid-19.  Segundo boletim do governo do Estado da última segunda-feira (15), Chapecó tem 18.452 casos confirmados da doença, com 159 óbitos.

Diante do aumento de casos, o governador Carlos Moisés determinou a instalação de um gabinete de crise em Chapecó para tratar das ações de enfrentamento à doença. O prefeito do município afirmou que conversou com o presidente
Jair Bolsonaro e informou que a principal necessidade no município na área da saúde é mão de obra. 

— Estamos contratando técnicos e enfermeiros intensivistas. Quanto mais leitos abre, mais precisamos de profissionais. Ele determinou o Ministério da Saúde para acompanhar. Me parece que hoje à tarde chegam 10 respiradores e a intenção é abrirmos 28 leitos até sexta-feira. Mas vamos ter que montar mais uma estrutura.

Preocupação com nova variante  e alerta

 Na última quinta-feira (11), o governo de Santa Catarina confirmou o primeiro caso de paciente de covid-19 infectado pela nova linhagem da doença descoberta em Manaus (AM)e conhecida como P.1. Essa cepa é associada a uma maior capacidade de infecção e ao surto que voltou a superlotar hospitais no Amazonas. No Rio Grande do Sul, o primeiro caso dessa variante foi registrado em Gramado, em um paciente idoso que morreu.

Preocupado diante do risco de proliferação do vírus, o prefeito de Chapecó alertou para aglomerações registradas no Carnaval e mandou um recado aos gaúchos:

 — Eu fico vendo os vídeos e imagens aqui do litoral de SC, não é diferente (do litoral gaúcho). Esse pessoal está indo lá, faz uma festa danada. Mal sabem eles que, quando retornarem, vão estar contaminados. Daqui a 15 dias vão ver resultado em Porto Alegre. O efeito é daqui a 10 dias. O importante é que a rede pública se prepare.

 

Fonte: GaúchaZH 

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