Dom José presidiu a missa do Crisma na Catedral na noite desta quarta-feira, véspera do início do Tríduo Pascal, concelebrada por mais de 40 padres, com a participação de 5 diáconos, os seminaristas diocesanos e saletinos, religiosas, ministros e expressivo número de outras pessoas.
Após a homilia, o Bispo convidou os padres a renovarem os compromissos de sua ordenação presbiteral e abençoou o óleo para a primeira unção batismal e o óleo para a unção dos enfermos e consagrou o óleo para a crisma e para as ordenações presbiterais e episcopais.
No final da missa, Dom José pediu aos padres para ficarem com ele na frente da assembleia litúrgica. Disse que o fazia a fim de que todos pudessem ver o rosto de seus padres, que não são perfeitos, mas que são os que Deus chamou para estarem a serviço do povo. Solicitou a oração de todos por eles. Os presentes os aplaudiram com forte e prolongada salva de palmas. Em seguida, Dom José apresentou os seminaristas. Antes de encerrar a celebração com a bênção, entregou aos padres o conjunto dos óleos para os sacramentos em suas Paróquias com a afetuosa saudação a cada um.
Dom José iniciou a homilia lembrando a graça da vocação dos ministros ordenados, chamados a servir o Senhor na Igreja povo de Deus. Por esta graça, são gratos a Deus e também ao povo ao qual servem, apesar de suas limitações, porque os inclui em suas orações para poderem perseverar no ministério. Lembrou a necessidade de os ministros ordenados alimentar-se e alimentar o povo ao qual servem com o Pão da Palavra e o Pão da Eucaristia. Citou o Papa Francisco em encontro com os padres da Diocese de Palermo no qual disse que “o padre é o homem do dom, do dom de si, todos os dias, sem férias e sem pausa. Porque a nossa, queridos sacerdotes, não é uma profissão, mas uma doação; não é um trabalho, mas uma missão.” “O sacerdote é homem de Deus 24 horas por dia, não homem do sagrado quando veste os paramentos. Na ocasião, o papa desejou que a liturgia seja para vida para os padres, não somente rito. Afirmou ainda que, além de ser o homem do dom, o sacerdote é também o homem do perdão. Depois o Bispo referiu-se às leituras da celebração que falavam da vocação de Isaías e do início da pregação de Cristo na sinagoga de Nazaré. Lembrou as dificuldades que os profetas e o próprio Cristo enfrentaram. Em sua missão, os ministros ordenados também encontram muitos desafios. Ser presença na vida dos pobres é exigente, mas não podem se acomodar e optar pela atitude da indiferença, ao invés de ser presença confortadora como fez Maria de Nazaré diante da cruz. “Ela não podia mudar o que estava acontecendo, mas ela estava ali para morrer com Ele”. Desejou que o testemunho dela de amor e fidelidade ao Senhor Jesus os motive sempre a viver a vocação e missão com paixão e esperança, confiando nele que os assiste na caminhada, mesmo quando encontrarem pedras e espinhos no caminho que percorrem na missão de amar e servi-lo, servindo os irmãos e irmãs, na Igreja comunidade de fé.