“Meu sonho é trabalhar com queimados e amputados”, diz sobrevivente que perdeu o pé após incêndio da Boate Kiss

Iniciou depois das 20h desta quarta-feira, 01, o depoimento da segunda sobrevivente da Boate Kiss ouvida no plenário do júri que ocorre em Porto Alegre. Kellen Giovana Leite Ferreira, 28 anos queimou 18% do corpo e perdeu um pé em função do incêndio e suas consequências.

Logo no início Kellen falou sobre o momento em que o fogo iniciou. “Eu achei que ia morrer ali, pedi a Deus que fizesse a vontade dele na minha vida”. A vítima afirmou que frequentava com frequência a boate e que nunca viu extintores de incêndio. Ela confirmou que ouviu que pessoas foram impedidas de sair do local sem pagar a conta. Kellen afirmou que não ouviu ninguém anunciar o que estava acontecendo no interior do recinto.

Após 20 minutos sendo questionada pelo presidente do júri, Kellen foi indagada pelos membros do Ministério Público. Em uma das suas afirmações, a jovem que carrega no corpo as marcas da tragédia disse que não encontrou placas indicando a saída.

A jovem falou sobre o processo de recuperação das sequelas. “Pobre não são e enquanto isso eu tenho que entrar na justiça e ficar esperando três anos”, diz Kellen Ferreira apontando para a prótese que usa depois de ter perdido o pé e se referindo aos sócios da boate.

Até o fechamento desta matéria (21h41min) o depoimento de Kellen prosseguia. Ela será a última sobrevivente a ser ouvida nesta quarta-feira. A sessão do juri será retomada às 09h de quinta-feira.

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