Em participação no programa Estúdio Boa Vista, da Rádio Cultura FM, nesta quarta-feira (28), o economista Túlio Liechtenstein da Express SA, analisou os movimentos recentes do mercado financeiro, com destaque para a desvalorização do dólar, a alta do Bitcoin e as perspectivas para a taxa Selic.
Câmbio e moedas
O dólar comercial fechou em queda na terça-feira (27), cotado a R$ 5,65, enquanto o dólar turismo recuou para R$ 6,07. O euro também apresentou baixa, sendo negociado a R$ 6,40 (comercial) e R$ 6,72 (turismo).
Já o Bitcoin segue em trajetória ascendente: nesta quarta-feira (28), a criptomoeda atingiu US$ 110 mil (cerca de R$ 620 mil), após valer US$ 103 mil (R$ 585 mil) na semana retrasada.
Taxa Selic e projeções
A Selic, atualmente em 14,75% ao ano, deve ter um novo aumento de 0,25% na próxima reunião do Copom, atingindo seu teto máximo antes de iniciar um ciclo gradual de redução. Segundo Liechtenstein, a queda deve ocorrer ao longo de 24 meses, mantendo-se taxas acima de 10% nesse período.
- Juros futuros (2031): projetados em 9% a 9,5%.
- Cenário para investidores: quem planeja captar recursos deve se preparar para taxas variáveis acima de dois dígitos nos próximos dois anos, com expectativa de retorno para patamares próximos a 11,75% a 12%.
Bolsa de Valores em alta
O Ibovespa fechou em 139.500 pontos, marcando novo recorde. Entre os fatores que impulsionaram o índice estão:
- IPCA em 0,36%, aliviando pressões inflacionárias.
- Ações da Petrobras em alta de 0,96%, contribuindo para a valorização do mercado.
Perspectivas: Enquanto o cenário externo e interno seguram o otimismo, investidores acompanham de perto as decisões do Copom e o desempenho das commodities.
Por: Edson Machado da Silva