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Memórias da Aldeia – As casas de pasto

As Casas de Pasto eram o lugar de parada do carreteiro. Havia o pernoite do Carreteiro e o pasto para os animais.

As carretas puxadas por um conjunto de muares (terno de mulas) saíam das cidades vizinhas de Erechim (Aratiba, por exemplo) e decorridos 2O a 25 km, precisavam parar para descansar os animais e o carreteiro também.

Mal comparando, seria o hotel dos dias atuais.

Vinham para Erechim carreteiros de Gaurama, Rio Toldo, Cotegipe, Três Arroios e outras localidades. Traziam produtos agrícolas e levavam para suas localidades mercadorias que necessitavam, tais como: sal, querosene, tecidos, calçados, ferramentas agrícolas, etc.

Erechim, até a década de l950, estava cercada de Casa de Pasto por todos os lados.

Nas Três Vendas, Esperança, na entrada da Rua Pernambuco, na entrada da Av. Sete de Setembro… As casas de pasto cumpriram papel importante por mais de cinco décadas no desenvolvimento da economia de Erechim e região.

Após a Segunda Guerra Mundial, na segunda metade da década de l940, a vinda de caminhões e camionetas começou a substituir os carreteiros no transporte de mercadorias e consequentemente o declínio das Casas de Pasto foi percebida, sendo estas, então, substituídas – de fato – pelos hotéis.

Na década de l960, embora raro, ainda víamos alguns carreteiros parados nas velhas Casas de Pasto.

Últimas lembranças de um tempo que ficaria na memórias dos pioneiros e nas páginas da história.

Por Enori Chiaparini

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