Medicina Veterinária da URI promove palestras sobre o “Saúde Única”

O Curso de Medicina Veterinária da URI Erechim promoveu no sábado, 22, um evento sobre Saúde Única, que trata da integração entre a saúde humana, animal e o ambiente. Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, as zoonoses (doenças transmitidas do animal para o homem) são responsáveis por 60% de todas as doenças infecciosas em humanos e por 75% de todas as doenças infecciosas emergentes.

De acordo com a professora Marciane Kessler, docente do Curso de Medicina Veterinária e de Enfermagem da Universidade, “abordar a temática Saúde Única no âmbito acadêmico e na comunidade é fundamental para promoção da saúde pública”.

O evento foi realizado através de uma mesa redonda. A primeira palestra foi ministrada pela Médica Veterinária Bianca Conrad Bohm, Doutoranda em Veterinária na área de Epidemiologia na UFPel, quando abordou o perfil epidemiológico das zoonoses em animais no Rio Grande do Sul e na região norte do Estado.

A segunda palestra foi ministrada pelo Médico Veterinário Wilson Rodolfo Radaelli Junior, Auditor Fiscal Federal Agropecuário no Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal – MAPA (Aurora Erechim e Passo Fundo). Wilson relatou sua experiência como auditor do SIF, principais zoonoses e sua atuação na promoção da saúde única.

A terceira palestra foi ministrada pela Médica Veterinária Michele Tainá Derks Maroso, responsável pela Inspetoria de Defesa Agropecuária e Supervisora do Departamento de Produção Animal de Erechim e Passo Fundo – SAPDR. Michele relatou sua experiência na Inspeção, principais zoonoses e sua atuação na promoção da saúde única.

Para finalizar, a quarta palestra foi ministrada pela Enfermeira Ana Paula Zaions, coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Erechim. Ela relatou sua experiência na vigilância, principais zoonoses, implementação de políticas e a importância da equipe multidisciplinar para a promoção da saúde única.

Os palestrantes destacaram que há uma interação cada vez maior entre humanos e animais, domésticos, de produção e animais silvestres, contribuindo para a disseminação de doenças. Frisaram, igualmente, a relação da saúde pública e situação econômica, em que se busca um alimento mais barato (sem condições sanitárias) e assim há um aumento da vulnerabilidade da população.

Sinalizaram, por outro lado, as dificuldades relacionadas à identificação e notificação de zoonoses, destacando a importância da educação em saúde, mas chamaram atenção para os fatores culturais da população. Vi meus pais fazendo assim e continuo fazendo desta forma, é uma desculpa corriqueira para tal.

Lembraram, ainda, a necessidade de investimento em ações educativas direcionadas para a população, especialmente crianças, formando futuras gerações mais conscientes; a necessidade de atuação multiprofissional e interdisciplinar para práticas efetivas e promoção da saúde única; e também as conquistas sanitárias alcançadas até o momento e que a manutenção destas depende também da população rural e urbana.

O evento teve duração de 04 horas e contou com 95 participantes, entre discentes, professores, palestrantes e comunidade.

Por Assessoria de Comunicação

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