Medicina Preventiva da Unimed Erechim promove palestra com médica oncologista

Em mais uma palestra do ciclo anual, o serviço de Medicina Preventiva da Unimed Erechim convidou os participantes a refletirem sobre atitudes que podem agregar qualidade de vida ao cotidiano. A convidada desta edição foi a oncologista clínica, Adriana Elisa Wilk.

Conforme a médica, projeções indicam que até 2060, o percentual de pessoas com 60 anos ou mais alcançará 33,7%, no Brasil. A inversão na pirâmide populacional provocará profundas mudanças em diversos setores, inclusive no mercado de trabalho. “Embora seja um indicador de desenvolvimento, o avanço da longevidade traz consigo um consequente aumento de morbidade, com emprego maior de recursos financeiros na área da saúde para combater doenças próprias desse período da vida”, explica.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), são consideradas idosas pessoas com mais de 60 anos em países em desenvolvimento, e mais de 65 anos em países desenvolvidos. “Para efeito de formulação de políticas públicas, esse limite pode variar de acordo com as condições de cada país. A própria OMS, reconhece que qualquer que seja o limite mínimo adotado, é importante considerar que a díade cronológica não é um marcador preciso para as alterações que acompanham o envelhecimento, podendo haver grandes variações quanto a condição de saúde e desempenho social”, salienta. Para a médica, cabe ao Estado e à sociedade civil preocupar-se com este desafio, havendo um grande apelo ao desenvolvimento de medidas educativas e preventivas de doenças crônicas que afetam a população acima dos 60 anos.

“Sedentarismo é o novo cigarro”

Durante a palestra “Como agregar mais vida aos nossos anos”, a oncologista clínica Adriana Wilk fez um forte alerta: “o sedentarismo é o novo cigarro”. Conforme Adriana, uma vida com saúde integral está condicionada à mudança de hábitos.

“É preciso manter o cérebro ativo, o corpo ativo. Precisamos romper a linha do sedentarismo e para isso são necessários no mínimo 150 minutos de atividades físicas por semana. Essa ação protege contra diabetes, contra a elevação de colesterol e triglicerídeos, câncer, Alzheimer e doenças cérebro degenerativas”, explica.

A médica também enfatizou a importância de uma dieta pobre em gorduras saturadas, rica em fibras e frutas, quantidade moderada de carboidratos e uso de proteínas da carne magra e derivados do leite. “Embutidos são cancerígenos devido aos conservantes adicionados e devemos ingerir carnes vermelhas com moderação. E lembrem que alimentos ultra-processados não são saudáveis (ricos em açúcar e produtos químicos). Uma dica que deixo: bebam muita água, faz bem para tudo, no mínimo dois litros por dia”, aconselhou.

A oncologista recomenda ainda a exposição solar, com moderação e proteção, para evitar doenças como a osteoporose. “Sempre com uso de protetor solar de fator mínimo 30 e em horário adequado (entre 8h e 10h e após às 16h)”, destaca.

Adriana Wilk encerrou a palestra com uma frase de Sêneca: “Quando a velhice chegar aceita-a, ama-a. Ela é abundante em prazeres se souberes amá-la. Os anos que vão gradualmente declinando, estão entre os mais doces da vida de um homem. Mesmo quando tenha alcançado o limite extremo dos anos, estes ainda reservam prazeres.”

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