Já passam de 100 os casos de dengue em Passo Fundo e RS contabiliza 16 mortes

Com quase 15 mil casos confirmados de dengue, o Rio Grande do Sul registra o pior quadro da doença neste começo de ano. Na sexta-feira, a Secretaria Estadual da Saúde comunicou mais um óbito. Trata-se de um homem de 71 anos, morador de Vista Gaúcha, no Noroeste do Estado, com doença pré-existente.
Passo Fundo segue entre as cidades gaúchas com maior número de casos, com 711 notificações e 103 casos confirmados da doença, 65 deles autóctones, quando a doença é contraída no próprio município.
O que chamou atenção na semana passada é que duas pessoas jovens, uma mulher de 23 anos de Frederico Westphalen e um homem de 33, de Araricá, morreram pela doença. Ambos não tinha comorbidades. Já são 16 as vítimas da doença no Estado, grande parte de idosos e portadores de alguma doença crônica.

COMO É TRANSMITIDA A DENGUE
A dengue é uma doença transmitida pela fêmea do mosquito Aedes aegypti, que se multiplica em água parada. Ela põe seus ovos em recipientes como latas e garrafas vazias, pneus, calhas, caixas d’água descobertas, pratos sob vasos de plantas ou qualquer outro objeto que possa armazenar água da chuva. Estudos demonstram que, uma vez infectada – e isso pode ocorrer numa única inseminação –, a fêmea transmitirá o vírus por toda a vida, havendo a possibilidade de, pelo menos, parte de suas descendentes já nascerem portadoras do vírus.

As fêmeas preferem o sangue humano como fonte de proteína ao de qualquer outro animal vertebrado. Atacam de manhãzinha ou ao entardecer. Sua saliva possui uma substância anestésica, que torna quase indolor a picada. Tanto a fêmea quanto os machos abrigam-se dentro das casas ou nos terrenos ao redor.

SINTOMAS
Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele. Perda de peso, náuseas e vômitos são comuns.

PROCURE O SERVIÇO DE SAÚDE
No caso de suspeita da doença a partir dos sintomas acima citados, procura uma unidade de saúde. Não tome remédio por conta. Medicamentos a base de AAS (ácido acetil salicílico), corticóides e anti-inflamatórios não pode ser ingeridos. O tratamento é feito a partir de muitas hidratação com água e soro e remédio para dor paracetamol ou dipirona.

MEDIDAS DE PREVENÇÃO

É importante limpar e verificar regularmente pontos que podem acumular água. Entre as medidas a serem adotadas estão, esvaziar garrafas e mantê-las com a boca virada para baixo, limpar calhas, colocar areia nos pratos das plantas, tampar tonéis, lixeiras e caixas-d’água e colocar objetos, como pneus e lonas, abrigados da chuva.

Roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia – quando os mosquitos são mais ativos – proporcionam alguma proteção às picadas e podem ser uma das medidas adotadas, principalmente durante surtos. Repelentes e inseticidas também podem ser usados, seguindo as instruções do rótulo. Mosquiteiros proporcionam boa proteção para aqueles que dormem durante o dia, como bebês, pessoas acamadas e trabalhadores noturnos.

Fonte: Rádio Uirapuru 

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