Diversas razões podem levar alguém a uma situação constrangedora e desesperadora de ter o nome negativado. Alguns fatores comuns incluem má gestão, gastos excessivos, perda de emprego, problemas de saúde e a própria pandemia, que assolou empresas e famílias. Com o alto índice de endividados, o governo federal publicou a medida provisória que criou o Desenrola Brasil e este, foi o tom da conversa no TL News desta quarta-feira (26), com o comentarista econômico, Tulio Lichtenstein.
“Muitos acreditam que o Desenrola será um problema lá na frente, mas eu vejo como uma solução, os números falam por si só. Desde o dia 17 quando foi dado o início oficial do programa, dividido em duas faixas, os dados são surpreendentes quanto a renegociações de dívidas”, disse Lichtenstein.
Pela primeira vez, o Brasil está com índices negativos de inadimplência. “Ontem, saiu o índice do Serasa Experian, dando conta que desde maio estamos em baixa na inadimplência no Brasil, uma redução de 450 mil pessoas, isso significa o sucesso do programa”, enalteceu.
As dívidas regularizadas concentram-se em cartão de crédito, 31%, ele ainda é o grande vilão. “Na semana de estreia do Desenrola Brasil, a Serasa Experian viu as renegociações de dívidas crescerem 41% em sua plataforma em comparação à semana anterior ao lançamento do programa. Foram feitos 1,46 milhão de acordos entre 17 e 23 de julho, considerando dívidas bancárias e de outros segmentos”, explicou o comentarista.
Ainda comentou que “1,5 milhão de pessoas com dívidas bancárias de até R$ 100 tiveram seus nomes retirados do cadastro negativo. São pessoas que estão podendo voltar ao mercado de crédito, fazer compras e movimentar o mercado”, finalizou.
A Faixa 2 do programa abrange a população com renda de dois salários mínimos – R$ 2.640 até R$ 20 mil por mês. As dívidas podem ser quitadas nos canais indicados pelos agentes financeiros e poderão ser parceladas, em, no mínimo, 12 prestações. Também é necessário ter sido incluído no cadastro de inadimplentes até 31 de dezembro de 2022.