HC discute a Medicina do Futuro

Simpósio reuniu profissionais para debater as mudanças e o que está por vir na área da saúde

Aliando aprendizados, troca de experiências e confraternização, o Hospital de Caridade de Erechim comemorou na sexta-feira (25) o Dia do Médico de maneira diferente – e plenamente aprovada pelos profissionais da saúde que atuam na instituição.

Por iniciativa do diretor técnico do Hospital, Paulo Dall´Agnol, neste ano o HC aliou ao tradicional coquetel em homenagem aos médicos, a realização do Simpósio ‘Medicina do Futuro! Onde estamos, para onde vamos?’.

Telemedicina, terapia alvo e medicina personalizada

Durante cerca de 1h30min, algumas das principais lideranças da categoria estiveram reunidas no auditório do Centro Clinico para debater mudanças percebidas na área da saúde – e os desafios que vêm por aí. Para tanto, três painelistas, sob a mediação de Dall´Agnol, discorreram sobre os seguintes temas:

– Telemedicina e suas perspectivas; abordado por Clóvis Klock, é patologista graduado pela UFSM, presidente da Sociedade Brasileira de Patologia, doutorando em Oncologia no AC Camargo Center, em São Paulo, e diretor médico e presidente do Conselho do Grupo Infolaudo – Medicina Diagnóstica;

– Oncologia e Terapia Alvo, sob os cuidados de Juliano Sartori, oncologista graduado pela UFSC, mestre em Saúde da Família pela Univali e Doutor em Gerontologia Biomédica pela PUC-RS;

– Medicina Personalizada no tratamento de Doenças Cardiovasculares, temática apresentada por Milton Araújo Serpa, cardiologista graduado pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, com título de intensivista pela Sociedade Brasileira de Medicina Intensiva e membro da Sociedade Europeia de Cardiologia.

Importância do médico

Em comum, apesar da especificidade de cada área, o trio, ao lado do próprio Dall´Agnol, sustentou que, mesmo com os avanços tecnológicos, o médico seguirá sendo imprescindível no cuidado ao paciente. ‘A máquina chegou para nos ajudar’, foi a ideia chave extraída dos debates – que deverão ter continuidade em 2020.

Resumo

Para Clóvis Klock, a telemedicina – que é o exercício da medicina mediado por tecnologias para fins de assistência, educação, pesquisa, prevenção de doenças e promoção da saúde – já é realidade (nos EUA, 76% dos hospitais já trabalham com ela), sendo que o profissional brasileiro deve estar atento à regularização do tema a fim de se adaptar, visando facilitar e melhorar o atendimento em diferentes casos, que vão da teleconsulta à telecirurgia.

Em relação à terapia alvo, Juliano Sartori apresentou os benefícios da ação trazendo resultados expressivos em tratamentos de doenças como o câncer de mama e pulmão. Segundo o oncologista, 30% dos tumores podem ser tratados via terapia de precisão – que pode ser associada à imunoterapia, conforme a situação. Sartori, porém, frisou que o câncer é composto por um grupo heterogêneo de doenças com diferentes perfis moleculares e, portanto, diferentes desfechos clínicos.

Já Milton Serpa pontuou a importância da medicina baseada em evidências, reforçando o papel da personalização do cuidado/atendimento, a partir de descobertas genéticas que permitem a terapêutica individualizada, vital para o tratamento de inúmeras doenças do coração, entre outras.

Presidente parabeniza e agradece

O Simpósio foi aberto pelo diretor-presidente do HC, Cláudio Rogério Galli, que parabenizou os médicos pela data e saudou a iniciativa do diretor técnico, frisando a importância que a classe tem para a instituição. ‘Estamos, enquanto hospital e região, muito bem servidos de profissionais, pois aqui vejo homens e mulheres capazes, comprometidos e que valorizam o ser humano – e ao fazerem isso se destacam. Contém conosco nesta caminhada’, pontuou Galli. O superintendente geral do HC, Claudiomiro Carus, e o administrador Éder Spitcza também participaram das atividades.

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