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Grêmio não pode perder chance de acabar com jejum nacional

O trabalho de Renato Gaúcho à frente do Grêmio é ótimo. Mas as críticas sobre ele deixar de lado o Brasileiro, se poupando para outras competições, é pertinente. Em 2020, o Grêmio pode e deve entrar com força máxima em todos os torneios e pode perfeitamente acabar com sua seca de títulos do Brasileirão, que dura desde 1996.

Não há bicho-papão

Pelo menos até agora o futebol brasileiro não tem um bicho-papão. Claro, o Flamengo pode acelerar e ultrapassar todo mundo como fez em 2019, mas o começo do Campeonato Brasileiro do rubro-negro é fraco, com cinco pontos em cinco jogos. Aproveitar este início é fundamental.

O Internacional está fazendo isso, sendo o líder da competição com 12 pontos. E não é nenhum absurdo falar que o colorado está um passo atrás do tricolor, como vimos no estadual. Entretanto o Grêmio tem quatro empates depois de ter vencido a primeira partida, já usou reservas e deve repetir essa estratégia de novo ao longo de 2020.

Isso faz o time perder pontos preciosos ao longo da competição, sem garantir nada nas outras competições.

Ao ler as últimas notícias do futebol para ficar por dentro ou praticar seus palpites de jogos no esportebet é fácil notar que todos os times têm problemas. O Atlético-MG não tem um plantel grande, o Flamengo está reformulando depois de ver Jorge Jesus e Rafinha sair, o Palmeiras não joga bem, Corinthians e São Paulo idem. Ou seja, há uma janela de oportunidade aqui.

O argumento de Renato Gaúcho faz todo o sentido do mundo: jogar três competições ao mesmo tempo no péssimo calendário do futebol nacional arrebenta com a equipe.

Só que ao mesmo tempo é possível fazer essa gestão do elenco de forma muito melhor que poupar todo mundo de uma vez. Seja fazendo um rodízio nas escolhas – não precisa colocar todos os reservas de uma vez – ou até testando formações diferentes. Jorge Sampaoli fez isso no Santos com um plantel mais reduzido que o do Grêmio atual e ficou em segundo no campeonato de 2019.

Renato tem a estrutura

É quase um milagre um treinador durar mais que um ano em um clube e Renato Gaúcho já está em sua quarta temporada completa no clube. Claro, seu status de ídolo como jogador e comandante na Copa Libertadores de 2017 segura seu cargo ainda mais.

Por isso suas escolhas são quase lei no clube. Renato criou sua estrutura, tendo completo domínio do elenco. O investimento não é o mesmo do Flamengo e do Palmeiras, claro, mas também não é de se jogar fora. Os reforços vieram neste ano: Vanderlei, Victor Ferraz, Orejuela, Thiago Neves, Diego Souza e agora Everton e Robinho. Não há craques inegáveis, mas há muitas peças para usar e complementar os excelentes jogadores da base e o núcleo com Geromel e Kanneman na zaga.

A saída de Everton é um duro baque, claro, mas é a realidade de um futebol brasileiro onde até o campeão nacional e continental perde um jogador importante para o futebol grego.

O Grêmio ama a Libertadores e o sonho do tetra, para ser isolado o brasileiro com mais títulos é algo bom demais para passar. A Copa do Brasil e seus mais de 50 milhões de reais de premiação também são duros de negar. Mas o Brasileirão está aberto e o Grêmio é um dos candidatos viáveis. O time não pode ficar mais de duas décadas sem vencer e abrir mão de disputar o título em uma fase vitoriosa de sua história, com o grande ídolo como treinador e um elenco de boa qualidade.

Por Assessoria de Comunicação 

 

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