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Governo encerra programa de carro zero com desconto

Estimativa é de que 125 mil unidades tenham sido comercializadas no país; crédito para troca de caminhões com mais de 20 anos segue à disposição dos transportadores

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que os créditos disponíveis para o programa de incentivo à venda de carros acabaram nesta sexta-feira (7). A estimativa da pasta é de que 125 mil unidades tenham sido comercializadas no programa — que autorizou descontos patrocinados de R$ 2 mil a R$ 8 mil.

— Estamos encerrando a parte do estímulo dos créditos tributários para veículos leves. Foi um sucesso — declarou Alckmin ao participar da abertura da entrevista coletiva da Anfavea, a associação que representa as montadoras.

O programa anunciado em junho também atende a categorias de caminhões e ônibus, mas, para esses casos, ainda há crédito disponível. No total, o programa contou com R$ 1,8 bilhão em recursos públicos.

Para a parcela de carros, foi autorizado um montante bruto de R$ 800 milhões. Contudo, em razão de uma regra que prevê a compensação de perda de arrecadação de impostos provocada pelos descontos no preço final, o crédito líquido disponível para carros ficou em R$ 650 milhões — que foi completamente consumido. Segundo Alckmin, dessa parcela, R$ 500 milhões de crédito foram usados apenas na compra por pessoas físicas.

O vice acrescentou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve “sensibilidade social” em relação aos empregos, dada a ociosidade elevada da indústria automotiva. Alckmin informou ainda que procurou a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) para agilizar a baixa de caminhões mais velhos, um dos motivos apontados por emperrar a liberação de crédito tributário para a compra de veículos de carga novos.

— Estão sendo tomadas providências — disse.

Antes da intervenção de Alckmin, o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, destacou que o programa, por ser de tiro curto, estimulou uma disputa por consumidores entre as montadoras, que também deram descontos adicionais aos patrocinados pelo governo, na faixa de R$ 2 mil a R$ 8 mil. Assim, houve casos de carros que tiveram redução de preços de até R$ 20 mil.

— Cumprimos a proposta de trazer automóveis mais baratos ao consumidor, com renovação de frota e aquecimento da economia — ressaltou.

Conforme o balanço da Anfavea, o mercado chegou a fazer 27 mil veículos no último dia de junho, o terceiro maior volume em um único dia da história. Com a corrida dos consumidores às lojas para aproveitar os descontos, os estoques de veículos em pátios de montadoras e concessionárias caíram de 251,7 mil para 223,6 mil unidades — ou seja, uma diminuição de 28,1 mil veículos em um mês.

Conforme relatou Leite, os estoques chegaram a bater nos 300 mil veículos em determinado momento de junho, mas tiveram rapidamente uma redução importante. O estoque agora cobre 35 dias de venda, ante 40 dias de um mês atrás.

Como existe uma defasagem entre a venda e a entrega dos automóveis, 79 mil veículos comercializados em junho vão entrar nas estatísticas de julho. Assim, julho está mostrando, segundo a direção da Anfavea, o melhor início de mês dos últimos anos.

Fonte: Estadão

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