Governo do Estado destina R$ 30 milhões para hospitais de pequeno porte

"Os hospitais de pequeno porte se configuram como um primeiro suporte, ajuda e referência em determinados serviços", disse Leite.

O governador Eduardo Leite e a secretária da Saúde, Arita Bergmann, assinaram, na manhã desta quarta-feira (16/8), a portaria 750/2023 da Secretaria da Saúde (SES), que destina R$ 30 milhões para hospitais de pequeno porte (HPPs). Os recursos fazem parte de uma nova fase do programa Avançar na Saúde. No mesmo evento, também foram lançados dois programas da Secretaria de Assistência Social voltados para pessoas em situação de vulnerabilidade social.

Na categoria de HPPs, se enquadram os hospitais que possuem até 50 leitos e que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS), além daqueles que ainda não atendem pelo SUS, mas que passarão a fazê-lo após a captação de recursos. Os valores previstos pela portaria devem ser destinados para até 125 hospitais que preencham os requisitos. O objetivo do programa é recuperar, reformar, ampliar e adquirir equipamentos.

O governador Eduardo Leite assegurou que o Estado tem consciência de quão importantes são os HPPs e como suas estruturas podem auxiliar no atendimento à população gaúcha.

“Reconhecemos a importância dos hospitais de pequeno porte. A estrutura de saúde do Estado precisa dessa complementaridade”, afirmou Leite. “Necessitamos de grandes hospitais regionais para atender a demandas de alta complexidade, especialmente, caras, difíceis, com profissionais. Não é só equipamento, mas também profissionais da saúde. É preciso potencializar regionalmente, mas também é importante fazer isso microrregionalmente. Os hospitais de pequeno porte se configuram como um primeiro suporte, ajuda e referência em determinados serviços.”

As unidades de saúde interessadas em receber o repasse de recursos dessa portaria deverão apresentar projeto ou proposta pelo site da SES, no prazo de 30 dias a partir da assinatura do documento.

Conforme a portaria, serão priorizados projetos que contemplem estabelecimentos que necessitem se adequar à legislação para, dessa forma, obter alvará sanitário. Também terão prioridade iniciativas para ampliar o acesso aos usuários do SUS em especialidades e locais com demanda reprimida. Ademais, características epidemiológicas, vazios assistenciais, aspectos geográficos e populacionais das regiões serão considerados para priorizar e classificar os estabelecimentos, permitindo uma modernização das estruturas hospitalares.

A titular da SES, Arita Bergmann, ressaltou o objetivo de cuidar da população, oferecendo a estrutura necessária. “Nós queremos somar com a assistência social, com a educação, com outras pastas do Estado, para sermos um governo que cuida das pessoas na área da saúde, de maneira próxima, no local onde elas residem”, disse a secretária. “Para isso, os hospitais de pequeno porte têm importância fundamental – desafogar as grandes estruturas e ser resolutivo. Muitas instituições têm boas equipes e estão inclusive fechadas como hospital, por não conseguirem atender aos requisitos. É isso que nos move todos os dias para dar o melhor possível.”

Segundo Arita, está prevista para 2024 a liberação de outros R$ 30 milhões para os hospitais de pequeno porte realizarem obras e adquirirem equipamentos, somando, ao todo, um investimento de R$ 60 milhões em dois anos.

Atualmente no Rio Grande do Sul, dois em cada três municípios têm menos de 10 mil habitantes. Muitas dessas cidades possuem serviços de saúde para o seu território e para a microrregião. Os HPPs se configuram pela oferta de atendimentos de urgência, internações clínicas e cirúrgicas, exames de diagnóstico, tratamento e reabilitação de usuários em regime 24 horas.

Representante dos administradores dos hospitais de pequeno porte, o prefeito de Morro Redondo, Rui Brizzolara, destacou que reabilitar essas instituições poderá melhorar o atendimento à população local, descentralizar os cuidados da rede SUS e desafogar as instituições de outros municípios. “Um hospital de pequeno porte é fundamental para que as pessoas tenham atendimento em seus municípios ou na própria região. Muitas pessoas que estão hoje num pronto-atendimento de um grande hospital, recebendo soro e medicamento, poderiam estar num HPP, tendo maior conforto e abrindo espaço para outro paciente ser atendido”, disse.

Além das situações diárias, os hospitais de pequeno porte servem também como retaguarda dos atendimentos de média complexidade para os hospitais de médio e grande porte, possuindo papel fundamental no suporte da referência e contrarreferência aos demais níveis de complexidade da rede SUS.

Por Secom

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