Fundesa divulga nota de ‘Apelo aos manifestantes’
O Fundesa divulgou hoje (29) nova nota. Desta vez, um apelo aos manifestantes.
“Apelo aos manifestantes
O Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do Rio Grande do Sul apela aos organizadores do movimento dos caminhoneiros e outras categorias que se juntaram à mobilização para que permitam ao menos a circulação de insumos para a produção de ração em direção às fábricas, e de ração para as propriedades com animais alojados.
No nono dia de paralisação, o setor de proteína animal do Rio Grande do Sul acumula perdas milionárias e que atingem de produtores, indústrias e seus funcionários. O Fundesa comunica ainda sérios problemas relacionados a bem-estar animal. O sofrimento dos animais com a fome, que já gera casos de canibalismo, e a queda de imunidade pela falta de alimento, que proporciona maiores riscos de enfermidades. Também é registrada a possível deterioração de produtos que estão presos nas estradas e que precisam manter a temperatura exigida.
Muitas indústrias deixaram de abater já na quarta-feira (23) e, desde sexta-feira, todas estão com os trabalhos suspensos e trabalhadores em férias coletivas ou parada remunerada. O Rio Grande do Sul também deixa, por causa do impedimento de transporte, de atender compromissos internacionais, provocando pagamento de multas aos compradores e o comprometimento da capacidade das empresas de manter seus quadros.
As consequências já são dramáticas e deixarão sequelas e perdas incalculáveis. Tais prejuízos não ficarão restritos apenas ao setor de proteína animal. A economia e os cidadãos do Rio Grande do Sul como um todo serão atingidos. O Fundo realiza diariamente levantamentos juntos aos conselheiros e as notícias são as piores. A mortalidade de aves já é registrada e a de suínos é uma questão de horas. Milhões de litros de leite já foram descartados e as câmaras e entrepostos frigoríficos já estão abarrotados, não permitindo novo processamento.
Ainda que houvesse hoje a normalização de todos os serviços, os setores precisarão de pelo menos 60 dias para a retomada do ritmo de produção. Já os prejuízos econômicos e comerciais não serão absorvidos tão cedo.”