Fila de espera do SUS é debatida em audiência pública promovida pelo deputado Paparico Bacchi

Entre as estratégias levantadas para solucionar esse problema estão a implementação das PICS, auditoria do sistema de consultas e internações e aplicação de recursos do governo estadual.

A situação das filas de espera no Sistema Único de Saúde (SUS), administrado pelos sistemas de Gerenciamento de Consultas (Gercon) e Gerenciamento de Internações (Gerint), foi assunto da audiência pública, na manhã dessa quarta-feira (4), no Plenarinho da Assembleia Legislativa. A sessão foi proposta pelo deputado Paparico Bacchi em solicitação ao pedido do vereador de Itaqui, Eduardo Kulmann.

O Rio Grande do Sul tem uma fila de 670 mil pedidos de consulta via SUS, conforme dados da Lei de Acesso à Informação obtidos em dezembro de 2024. Somente em Porto Alegre, são 201.950 pacientes na espera por consultas com médicos e dentistas. E outros 164.799 pacientes aguardam na fila por exames de diagnóstico.

As consequências dessa demora são mais de 2.430 pessoas em óbito ao longo dos anos de 2023 e 2024 enquanto aguardavam para serem chamadas. As especialidades com maior demanda são oftalmologia, ortopedia, otorrinolaringologia, reabilitação e cirurgia geral.

Para o deputado Paparico Bacchi, que além de prefeito de São João da Urtiga foi Secretário Municipal da Saúde por 11 meses e oito dias, é necessário encontrar alternativas para a diminuição da fila do SUS. Como presidente da Frente Parlamentar em Defesa das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), ele citou esses procedimentos como auxiliares para o tratamento médico e que contribuem para o bem-estar e qualidade de vida. “As PICS devem estar nos postos de saúde como atividades opcionais. Observamos que nos municípios onde essas práticas foram implementadas houve uma redução do gasto público com medicamentos e do uso pelas famílias”.

A convergência entre a medicina tradicional e terapêutica é um dos caminhos viáveis para reduzir a fila do SUS. Entre as outras estratégias levantadas, está a realização de auditoria no sistema de consultas e internações para verificar se os pacientes estão em conformidade com a solicitação. Além disso, o governo estadual deixa de investir os 12% da receita na área, como apontou o Tribunal de Contas do Estado.

O deputado Federal Osmar Terra também colaborou com a audiência, via online, e deixou seu depoimento e experiência como ex-secretário estadual da Saúde. Também participaram do evento os deputados Neri, o Carteiro e Thiago Duarte, presidente do Conselho Estadual da Saúde, Inara Ruas, secretária adjunta de Saúde de Porto Alegre, Jaqueline Rocha, presidente do Conselho Municipal de Saúde de Arroio Grande, Marcelo Farias, dirigente do Núcleo de Defesa da Saúde da Defensoria Pública, Guilherme de Souza, superintendente do Ministério da Saúde no RS, Maria Celeste de Souza da Silva, coordenadora-geral de Regulação Assistencial/DRAC/SAES/MS, Debora Spalding Verdi, e a presidente da Câmara de Vereadores de Candelária, Jaira Diehl.

Por Assessoria de Comunicação

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