Erechim caminha a passos largos para a municipalização do abastecimento de água e o tratamento de esgoto

A entrevista do diretor de operação da Corsan Milton Inácio Cordeiro à Rádio Cultura, na última quinta-feira (23), deixou claro que a estatal quer usar Erechim como moeda de troca, repassando a unidade da nossa cidade para a empresa a adquiriu.

Pois bem, a Corsan ficaria com dinheiro da concessão de Erechim e o município, que não tem contrato com estatal, ficaria sem nada e quem definiria os investimentos seria a empresa que adquiriu a estatal e não o município.

Na sexta feira no tradicional café com prefeito da Rádio Cultura, o Paulo Polis ficou irritado com a situação. “Eu não queria mais falar sobre este assunto, Erechim não está tendo respeito das demais cidades do tamanho da nossa por parte da estatal. O único município que não tem nenhum metro de tratamento de esgoto é o nosso. Agora querem usar a nossa cidade para repassar para a empresa que comprou a Corsan? Isso não dá! Essa mesma empresa que a comprou, também está participando do edital da concessão de Erechim. É só deixar o nosso edital andar”. Disse o prefeito.

Realmente a Corsan quer usar Erechim como uma moeda de troca para ganhar dinheiro. Ou seja, hoje ela leva mensalmente para Porto Alegre aproximadamente R$ 5,5 milhões e sem fazer nenhum investimento em nossa cidade.

Porque Erechim caminha a passos largos para a municipalização?

Primeiro: porque um desembargador do estado está sentado encima da liminar e não está dando decisão se continua o edital ou se será suspenso;

Segundo: que a Corsan já foi privatizada e não tem recursos para fazer os investimentos em nossa cidade;

Terceiro, se houver a municipalização os valores que a Corsan diz que tem direito, vai se discutir daqui 15 a 20 anos;

Quarto: o município pode discutir que nós últimos 50 anos que está em Erechim, fez poucos investimentos. Sem contar que os loteadores têm que fazer todo investimento de canos e reservatórios e depois fazer uma doação para estatal;

Quinto: existe um recurso de R$ 50 milhões num fundo compartilhado entre a Corsan e o município, para fazer os investimentos necessários e que não realizou, como a empresa não o fez, estes recursos retornariam para o município e, este por sua vez, pode usar o valor para fazer a recuperação dos mananciais dos rios que abastecem a nossa cidade;

Sexto: o município pode criar uma autarquia e mais adiante fazer uma concessão ou uma PP Parceria Pública Privada

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