Neste sábado, 24 de março, às 19h, o Atlântico recebe o Shouse do Pará, pela segunda rodada da Liga Nacional de Futsal, no Caldeirão do Galo, em Erechim. Depois de empatar de forma frustrante contra o Joaçaba na estreia do certame nacional, o Galo parte em busca da primeira vitória na competição. Um novo tropeço em casa poderia desencadear uma série de questionamentos quanto ao trabalho do grupo de jogadores, em especial, a comissão técnica. Apesar de contar com um time competitivo, o Joaçaba não está entre os melhores times da Liga, por isso, o empate acabou sendo um resultado frustrante dentro de casa.
A qualidade do grupo de jogadores do Atlântico faz com que o torcedor aumente o tom das cobranças pra cima do treinador Giba. Não tenho procuração nenhuma para defender o treinador, mas precisamos deixar o homem trabalhar. O Atlântico promoveu ao final da última temporada uma das maiores reformulações de sua história. É preciso dar tempo para que os novos jogadores consigam se adaptar a metodologia de trabalho do comandante técnico. Neste início de temporada é perceptível que alguns jogadores ainda estão em fase de adaptação.
Por outro lado, sabemos que vitórias são fundamentais para acelerar este processo de adaptação do grupo de jogadores. O Atlântico iniciou a edição 2018 da Liga Nacional de Futsal com três jogos em casa. Em tese, Joaçaba, Shouse e Intelli são adversários tecnicamente inferiores. Inicialmente a projeção era fazer nove pontos nas primeiras rodadas, mas em razão do tropeço na estreia, somar sete virou quase uma obrigação.
Keké e Jé juntos?
Na última semana, em entrevista para o programa BV Esportes, da Rádio Cultura, o treinador do Atlântico, Giba, destacou que em algumas eventualidades poderá utilizar dois pivôs em quadra, ou seja, poderá jogar com Keké e Jé juntos. Segundo o técnico, esta alternativa já vem sendo treinada no dia a dia. Na partida contra o Joaçaba, Keké e Jé estiveram juntos somente quando foram utilizadas jogadas de bola parada. Aliás, no lance que resultou no pênalti em cima do capitão Keké, os dois jogadores estavam em quadra.
Joia a ser lapidada
O ala Cleber, 21 anos, uma das caras novas do Galo em 2018, vem sendo uma das boas surpresas neste início de temporada. O jogador que foi eleito a revelação da última edição da Liga Gaúcha de Futsal, quando defendia o América de Tapera, ainda precisa amadurecer bastante, mas tem tudo para deixar de ser uma promessa e tornar-se uma realidade. Hoje, Cleber não faz parte da formação inicial do time de Giba, mas nas vezes em que tem entrado nas partidas, a reposta tem sido positiva na maioria das vezes. Segundo o capitão Keké, em entrevista para a Rádio Cultura: “É bom a direção do Atlântico ficar esperta e assinar um bom contrato, porque o garoto é bom de bola”. Com uma frase dessas do principal jogador do time, é preciso ficar de olho em Cleber.
Goleiro linha
A não utilização do goleiro linha na última partida contra o Joaçaba, mostra que realmente está aí um dos problemas do Galo neste início de temporada. Após dois erros cruciais na final da Supercopa de Futsal, contra o Magnus, o treinador parece estar sendo mais cauteloso na utilização do mesmo. Giba já destacou que o goleiro linha não é um problema, até mesmo porque vem sendo treinado diariamente esta jogada. Ainda reiterou que possui no seu grupo, pelo menos cinco jogadores que podem exercer a função do goleiro linha. Por ser início de temporada o torcedor verde rubro foi compreensivo com a não utilização do goleiro linha, caso contrário, as críticas seriam inevitáveis.
Por Fábio Lazzarotto