O ano de 2013 reservaria algumas emoções “extras” ao torcedor do Atlântico. A equipe havia sido vice-campeã da Liga Nacional de Futsal em 2005, campeã do Gauchão em 2011, mas nada se compararia ao que o torcedor vivenciaria na manhã do dia 6 de abril.
Em quadra, o Atlântico chegava a sua primeira final de Taça Brasil, após eliminar a ACBF nas semifinais. Tinha pela frente o Joinville, saiu perdendo, empatou e na prorrogação, venceu por 2 a 1 para levantar a primeira taça nacional do Clube.
O fixo Grillo, de volta ao Galo para a temporada 2020, estava naquele time e recorda nesta entrevista, momentos importantes daquela conquista. “Eu acredito que ali foi um divisor de águas para o Clube entrar definitivamente como uma grande força do futsal brasileiro, porque na sequência já vieram títulos da Libertadores e Mundial e nada disso teria acontecido sem aquele título da Taça Brasil”, frisa o jogador.
“E não foi um divisor de águas apenas para o Clube, mas para alguns jogadores também, como eu, que em seguida fui convocado pela primeira vez para a seleção Brasileira”, recorda Grillo.
O jogador lembra do favoritismo adversário na época. “Talvez ACBF e Joinville por seus bons elencos e histórico de conquistas, eram os principais favoritos. E fomos pegar a ACBF nas semifinais, em um clássico, partida memorável em que vencemos por 4 a 2 e ali, sentimos que tínhamos chances de brigar por algo maior”, acrescenta Grillo.
Já na final, era o “todo poderoso” Joinville o adversário. “Lembro que chegamos a decisão, saímos perdendo mas buscamos o empate no tempo normal e quando fomos para a prorrogação, precisávamos vencer, pois outro empate daria o título a eles. Então foi memorável poder vencer, garantir uma grande conquista para o clube, nossa equipe tinha nomes que vieram a se sobressair posteriormente no cenário nacional, foi marcante. É algo inesquecível, aquela atmosfera toda, o calor da torcida que nos ajudou muito, uma honra poder ter feito parte daquele momento”, completa.
Grillo foi capitão daquela equipe e levantou a taça de campeão. O Atlântico venceu a final contra o Joinville com gols de Alemão (tempo normal) e Hector (prorrogação). A equipe era comandada pelo técnico Cigano e tinha no elenco os goleiros Gaúcho e Igor, além de Zico, Galo, Ernani, Keké, Rafa, Ceccatto, Hector, Alemão, Bagatini, Jones e Camargo.