De cada 10 residências no país, 3 não têm esgoto ligado à rede geral

Dados da Pnad Contínua foram divulgados nesta sexta-feira

O número de domicílios no país com esgotamento sanitário cresceu para 70,4% em 2024, na comparação com 2019, quando o acesso era para 68,1%. Também no ano passado, 14,4%, ou 11,1 milhões de moradias lançavam seus dejetos em fossa rudimentar, vala, rio, lago ou no mar.

Nas áreas urbanas, 78,1% dos domicílios tinham o escoamento do esgoto pela rede geral ou fossa séptica ligada à rede geral, enquanto na área rural, o indicador era de apenas 9,4%. Os dados fazem parte da Pnad, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua: Características Gerais dos Domicílios e dos Moradores 2024, divulgada nesta sexta-feira (22) pelo IBGE.

O analista da pesquisa, William Kratochwill, explica que a cobertura da rede geral de água é factível em áreas rurais quando localizadas no entorno de centros urbanos.

“Entre os estados, Piauí com cerca de 13% dos domicílios com acesso à rede de esgotamento sanitário, é a unidade da federação com o menor percentual contra São Paulo, onde mais de 90% possuem acesso a essa rede de esgotamento sanitário ou possui uma fossa ligada à rede geral de esgotamento sanitário”.

Abastecimento de água

Sobre o acesso à rede geral de abastecimento de água, o número cresceu de 85,8%, em 2016, para 86,3% do total no país. Nas áreas urbanas, no entanto, o acesso à rede geral de água chegava a 93,4% das moradias e a apenas 31,7% nas propriedades rurais.

A pesquisa do IBGE também mostra que 86,9% dos 77,3 milhões de domicílios brasileiros, em 2024, contavam com serviço de coleta de lixo. Em 2016, eram 82,7 % das moradias.

Coleta de lixo

Apesar do aumento gradativo na coleta direta de lixo nos últimos anos, cerca de 4,7 milhões de domicílios, ou 6,1% ainda queimavam lixo na própria moradia em 2024. Nas áreas rurais, a queima de lixo ocorre em mais da metade das propriedades. Nas zonas urbanas, essa proporção é de somente 0,4%. No Norte e no Nordeste, a parcela de residências que colocavam fogo no lixo é maior que o dobro da média nacional.

A pesquisa confirma que a energia elétrica chegava a 99,8% das moradias do país em 2024, seja via rede geral, seja via fonte alternativa. O número de domicílios alugados passou de 12,3 milhões, em 2016, para 17,8 milhões de domicílios em 2024. No mesmo período, houve uma contínua redução na proporção de domicílios próprios já pagos, de 66,8% para 61,6%.

Envelhecimento da população

Em 2024, a parcela da população com menos de 30 anos era de 41,9% e com mais de 60 anos, de 16,1%, mostrando uma tendência de envelhecimento populacional.

O percentual da população que se declarava de cor ou raça branca caiu de 46,4%, em 2012, para 42,1%, em 2024, o menor percentual da série. Já proporção de pessoas declaradas pretas subiu de 7,4%, em 2012, para 10,7% em 2024.

Edição: Fábio Cardoso / Akemi Nitahara

Agência Rádio Brasil

 

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