O presidente do Sindicato da Indústria da Construção e do Mobiliário de Erechim – Sindiscon, Cesar Carlotto, foi o entrevistado do programa Estúdio Boa Vista desta quarta-feira, 13. Segundo ele o segmento deve manter a média em 2022. Carlotto disse que dificilmente teremos um “boom imobiliário” ou um grande retrocesso em 2022 e que a tendência é manter o patamar atual.
A construção Civil em nossa cidade não sofre grandes oscilações. Acompanhamos a economia nacional e a construção civil se mantém”.
Cesar afirmou que apesar dos problemas econômicos enfrentados no país a o cenário aparenta ser positivo. “Tivemos muita aprovação de projetos e isso reforça a nossa sensação que o mercado estava muito bom no início do ano e deu uma arrefecida no início de maio. Tínhamos uma procura de imóveis bastante acelerada em virtude do agronegócio que surpreendeu a todos, então temos a perspectiva de uma normalidade sem muita alteração”.
Para o Engenheiro Civil, Erechim é uma cidade que se valoriza e segundo ele não enfrenta grandes problemas por estar organizada, tendo um parque fabril forte, sem empresas fechando e sem grandes problemas financeiros.
Custo da Construção Civil
O presidente do Sinduscon afirmou que durante o período da pandemia tudo ficou muito difícil. Cesar explicou que problemas com fornecedores e a explosão dos preços da matéria prima foram dificuldades que precisaram ser superadas. Segundo ele os prazos para entregas foram alongados e era muito difícil conseguir material. “Em relação a produtos tivemos muitos problemas. A mão de obra qualificada que já pé escassa ficou ainda mais disputada”.
Sobre o custo da produção Carlotto disse que o aumento foi de aproximadamente 38% “Só o INCC dos últimos 12 meses ficou em 18%”.
Para Cesar a oferta de imóveis que se enquadram no programa Minha Casa Verde Amarela diminuiu devido ao aumento do custo da construção civil.
A compra não vai diminuir, mas o que vai diminuir é a oferta. Hoje não tem mais como, dentro dos patamares que se tem. A caixa anunciou um ajuste, mas não cobriu nem o reajuste dos últimos meses”.
Carlotto concluiu afirmando que com essa nova realidade as empresas devem dar prazos mais longos de construção e irão atrelar o custo da obra a um indicador confiável.