Curso de Medicina: Vários atores foram decisivos

Diversas foram as personalidades que, representando suas respectivas instituições, centraram forças para a confirmação do curso de Medicina em Erechim, consagrado no último dia 28 de novembro de 2017 com a Portaria 1.216 do Ministério da Educação.  Diversas foram as personalidades que, representando suas respectivas instituições, centraram forças para a confirmação do curso de Medicina em Erechim, consagrado no último dia 28 de novembro de 2017 com a Portaria 1.216 do Ministério da Educação.  No entanto, se faz necessário um resgate histórico das etapas deste processo, revelando bastidores e nomes envolvidos, em seus mais diversos momentos. De antemão, pois, é necessário frisar que tudo começou com a edição da Lei federal 12.871, de 2013, que instituiu o Programa Mais Médicos.  Ciente das possibilidades que a legislação ofertava, o então prefeito de Erechim, Paulo Alfredo Polis, chamou a vice-prefeita Ana Oliveira, e mobilizou sua equipe a fim de colocar a Capital da Amizade na disputa pelo Curso de Medicina, que nascia com viés social. Entusiasta, Polis deu a largada num sonho que parecia distante. Recorreu à equipe técnica da pasta da Saúde – delegando o tema aos cuidados de Jackson Arpini. Paralelamente, o prefeito agregou ao processo lideranças de diversos segmentos, preparando o terreno para que o município participasse da primeira seleção prevista pelo MEC. Conforme edital de n.3, seriam pré-selecionados, em caráter eliminatório, os municípios que receberiam o Curso. A sorte estava lançada. Polis, Arpini e os demais envolvidos fizeram o dever de casa com esmero, e Erechim – com respaldo técnico e político (o deputado Marco Maia também foi chamado a ajudar) – obteve entre centenas de municípios, a primeira vitória.
Jackson Arpini dá detalhes:  “O documento do governo federal, que norteava o processo seletivo, tinha 3 fases bem definidas. A 1ª apontava para requisitos básicos que o município deveria atender (como possuir mais de 70 mil habitantes e não ser capital de estado); a 2ª versava sobre indicadores SUS, como por exemplo, possuir leitos de urgência, CAPS, adesão ao PMAQ, equipes mínimas de atenção básica, além de leitos SUS e hospital com potencial para se tornar unidade hospitalar de ensino. Nesta fase, com relação aos leitos SUS, houve a necessidade de firmar parceria com Getúlio Vargas e Nonoai. A 3ª e última fase, mais complexa, analisava o programa de melhorias da estrutura de equipamentos e programas de saúde do município – a partir de documentos e visita in loco de consultores do MEC, o que foi decisivo para a confirmação do curso para Erechim”, frisa Arpini. Assim, ainda em 2013, o MEC divulgou a Portaria 731 indicando os 49 municípios brasileiros pré-selecionados e, um ano depois, através da Portaria 543, sacramentou os 39 municípios do País (de 11 estados da federação), que garantiram o curso, sendo 4 do RS: Erechim, Novo Hamburgo, São Leopoldo e Ijuí.  Vencida a batalha inaugural – onde Erechim cravou seu nome no mapa da medicina brasileira, teve início a 2ª fase do processo com a publicação do Edital n.6 de 2014, pelo qual foram chamadas as mantenedoras de instituições de educação superior interessadas em ofertar o curso. Neste momento foi a vez da URI escalar o seu melhor time, sob a supervisão do diretor do campus local, Paulo Sponchiado, e do reitor, Luiz Mario Spinelli.A seleção também previa 3 etapas, sendo a primeira de caráter eliminatório (habilitação e avaliação de capacidade econômico-financeira) e as restantes de viés eliminatório e classificatório, a partir da qualidade dos cursos já ofertados, entre outros.  Transcorridas as respectivas etapas – onde elementos técnicos e políticos seguiram caminhando de mãos dadas – o MEC anunciou em 8 de abril de 2015 as entidades de ensino classificadas em cada município. Em Erechim, duas foram as instituições classificadas para a rodada final: Ideau, de Getúlio Vargas, e a URI. Ao final, a URI suplantou a Ideau e restou vencedora – tendo seu nome confirmado em 27 de setembro de 2016.  Todavia, em virtude de questionamentos do Tribunal de Contas da União (envolvendo outras instituições concorrentes) mais um ano se passou, período que permitiu o ingresso de novos players no processo, até que na última semana o MEC deu por encerrada a celeuma.  Conhecido o resultado, a URI acertadamente – chamou à mesa as mesmas lideranças que iniciaram o processo e tratou de reconhecer a importância de cada um na conquista. Na oportunidade, Paulo Polis frisou a característica social do curso, que deverá aproximar o acadêmico do dia a dia das unidades básicas de saúde da cidade e também dos hospitais parceiros, ofertando melhorias ao sistema de saúde regional, especialmente, no setor público. Walt Disney ensina: se é possível sonhar, também é possível fazer.  Seja bem-vinda, Medicina!
Saiba mais O curso de Medicina da URI oferece 55 vagas e terá processo seletivo no dia 21 de janeiro de 2018. A mensalidade inicial ficará em torno de R$ 6,2 mil (10 bolsas 100% serão disponibilizadas para alunos com menor renda). Serão 8.480 horas distribuídas em 12 semestres letivos, sendo os 4 últimos destinados ao internato médico. As aulas teóricas serão desenvolvidas no prédio 10 (campus I).

 

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