O encontro, proporcionado pelo Curso de Direito da URI, ocorreu no dia 18 de outubro, dentro do Projeto Integrador IV, ministrado pela professora Andréa Mignoni, e que teve a presença da advogada Anelise Rigotti. A iniciativa foi das alunas Ana Paula Lava, Bruna Strada, Giordana Ignacio, Larissa Piana, Laura Barbieri, Lauren Silva e Thayna Marques, da turma 2023.
Ao falar sobre “O Direito à Morte Digna”, a palestrante trouxe à tona um dos temas mais delicados e urgentes dos tempos modernos: a necessidade de garantir dignidade no fim da vida. Em um mundo em que o avanço da medicina às vezes se traduz em prolongamento do sofrimento, discutir sobre autonomia e respeito à vontade do paciente é fundamental para promover um cuidado mais humano e centrado em quem realmente importa – o paciente e sua família.
A palestra, que contou com a presença de alunos dos Cursos de Direito, Medicina e Psicologia, destacou a importância de conversas abertas e transparentes sobre a terminalidade da vida, um assunto que é frequentemente evitado, mas que não deve ser silenciado. Essas discussões são cruciais para que possamos respeitar as escolhas individuais, garantindo que os pacientes possam decidir como desejam ser tratados quando enfrentarem um diagnóstico de fim de vida. Questões como as Diretivas Antecipadas de Vontade (DAV) e a necessidade de apoio às famílias foram amplamente discutidas, mostrando que é preciso estar preparado para dar suporte emocional, além do suporte médico.
A autonomia do paciente é um dos pilares da bioética e foi um dos principais tópicos abordados. Permitir que um indivíduo decida sobre os próprios cuidados é um direito fundamental que reflete respeito à dignidade humana. A morte, um momento inevitável, deve ser tratada como parte natural da existência e é papel dos profissionais de saúde e da sociedade como um todo criar espaços seguros para que as pessoas possam expressar suas vontades e, principalmente, ter essas vontades respeitadas.
A importância dessas conversas difíceis vai além do âmbito individual. Quando discutimos sobre como queremos enfrentar a morte, estamos também refletindo sobre como queremos viver. Uma sociedade que respeita o direito de cada um de escolher seu próprio caminho é uma sociedade que valoriza a vida em sua plenitude, reconhecendo que a dignidade deve ser preservada até o último momento. A palestra ministrada lembrou que a coragem de encarar essas questões é essencial para que possamos construir um futuro em que o cuidado no fim de vida seja uma demonstração do amor e respeito que devemos ter uns pelos outros.
Por Assessoria de Comunicação