Cultura do trigo afetada pela geada no Alto Uruguai

O preço da soja tem deixado os produtores animados. A saca está sendo comercializada a R$125,00, maior preço dos últimos dez anos. O milho vem sendo comercializado a R$ 55,00 a saca. As lavouras de trigo, com área de 34 mil hectares na região do Alto Uruguai, estão em fase de 20% em floração e 80% em estado vegetativo, de acordo com informativo conjuntural do Escritório Regional da Emater/RS-Ascar de Erechim. A ocorrência de geadas na segunda quinzena de agosto prejudicou um pouco a cultura do trigo que está em fase de floração e fez com que muitos produtores solicitassem Proagro na região.

Na área de fruticultura, devido a geada, também foram constatadas perdas, ainda não quantificadas. A cultura do morango, com área de cultivo de oito hectares, que está em plena produção e divido ao clima seco, produtores cuidam do aparecimento de ácaros, de acordo com levantamento da Emater/RS-Ascar. Período de produção deverá ser mais longo este ano devido ao retardamento das baixas temperaturas, o que está estimulando a floração.

Nos parreirais, os danos com as geadas foram mais nas áreas das encostas do Rio Uruguai onde o microclima incentivou a brotação precoce, ainda é difícil quantificar a importância econômica das perdas.

Os pomares de laranja, com cultivo destinada a indústria teve alta nos preços, ficando de R$ 0,36 a 0,37/kg a nível de propriedade. A colheita vem sendo intensificada. A florada está desuniforme em algumas variedades. A geada proporcionou pequenos danos na cultura. Os pomares com bergamota estão em fase de floração. Também em relação ao cultivo do pêssego ainda não dá para quantificar os danos causados pela geada. Já em relação ao caqui e a noz-pecã não houve prejuízos com a geada, já que nestas duas culturas os produtores estão realizando práticas de poda.

Pastagens

A falta de umidade dificultou o crescimento das pastagens de inverno nos últimos dias prejudicando um pouco a bovinocultura de leite. Por outro lado, os dias ensolarados reduziram as perdas por amassamento e facilitaram o manejo das forrageiras.

Já a bovinocultura de corte teve adesão de novos produtores no Alto Uruguai. Com a menor produtividade das pastagens, a alimentação dos animais tornou-se mais cara, visto que os agricultores têm que usar mais silagens e concentrado para elaborar as dietas. Produtores estão mais preocupados com as exigências

do mercado e com a melhoria genética dos rebanhos visando uma maior produtividade e uma carne de melhor qualidade.

Criações

Os dias ensolarados de temperaturas amenas instigaram as abelhas a alguma movimentação na procura por néctar e pólen. Algumas espécies de árvores, como citros, pitangueira, entre outras, estão fornecendo boa florada. Houve captura de alguns enxames nos últimos dias. Os produtores estão realizando a substituição de cera e limpeza de colmeias.

Piscicultura

Começa a procura por alevinos para o repovoamento dos tanques. Taxa de renovação d’água dos açudes está muito boa. Não houve casos de mortandade de peixes na semana. Comercialização essencialmente local, direto nas propriedades ou em feiras municipais. Para as carpas das linhagens cabeça-grande, húngara e prateada, os valores médios de comercialização estabilizaram em R$ 10,00, enquanto que a carpa capim foi vendida a R$ 12,00, jundiá R$ 18,00, dourado R$ 29,00 pacu R$ 15,00, traíra R$ 13,00/kg. Filé de Tilápia de R$ 25,00/kg.

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