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Crise Ambiental: Erechim sob alerta com qualidade do ar ‘insalubre’

Erechim, conhecida por seu clima ameno e qualidade de vida, está enfrentando uma situação crítica no que diz respeito à qualidade do ar. De acordo com a empresa suíça IQ Air, a concentração de partículas finas de até 2,5 micrômetros (PM2.5) no ar da cidade é atualmente 13,6 vezes maior do que o valor anual recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Este nível alarmante de poluição classifica a qualidade do ar como “insalubre”, representando um risco significativo para a saúde da população.

O perigo das PM2.5

As partículas PM2.5 são extremamente pequenas, com diâmetros inferiores a 2,5 micrômetros, e podem penetrar profundamente nos pulmões, entrando até na corrente sanguínea. Sua presença elevada está diretamente associada a sérios problemas de saúde, incluindo doenças respiratórias e cardiovasculares, além de um aumento no risco de câncer de pulmão. A OMS recomenda que a concentração anual média dessas partículas não exceda cinco microgramas por metro cúbico, mas em Erechim, esse valor foi ultrapassado em mais de 13 vezes.

Imagem: IQA

 

Recomendações e precauções

Diante desse cenário, as recomendações para a população de Erechim são claras: evite exercícios ao ar livre, mantenha as janelas fechadas para impedir a entrada de ar contaminado, utilize máscaras de alta filtragem ao sair e, se possível, instale purificadores de ar em ambientes internos. Essas medidas são essenciais para minimizar a exposição às partículas nocivas, especialmente para grupos vulneráveis como crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias.

Fenômeno nacional: queimadas e poluição

O problema enfrentado por Erechim não é isolado. O Brasil, neste momento, tem aproximadamente cinco milhões de quilômetros quadrados cobertos por fumaça, o que representa cerca de 60% do território nacional. Esse cenário caótico é resultado de um número recorde de queimadas, particularmente na Amazônia, que registra o maior número de focos de incêndio dos últimos 19 anos, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Impacto no Rio Grande do Sul

A situação no Rio Grande do Sul, onde Erechim está localizada, também é preocupante. O observatório espacial de Taquara, na Região Metropolitana de Porto Alegre, reportou um aumento dramático na concentração de PM2.5, que saltou de 1,6 para quase 19 partículas por metro cúbico. Este fenômeno está diretamente relacionado à fumaça das queimadas, que se espalha pelo ar e atinge diversas regiões do estado.

Previsões e perspectivas

Infelizmente, as previsões para os próximos dias não trazem boas notícias. Com a continuidade das queimadas e a falta de chuvas significativas, a tendência é que a qualidade do ar em Erechim e em outras partes do Brasil permaneça comprometida.

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