Entraram em vigor nesta sexta-feira (1º) os novos percentuais de biocombustíveis nos combustíveis fósseis, conforme decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) tomada no mês passado.
A mistura de etanol na gasolina passou de 27% para 30%, enquanto o percentual de biodiesel no diesel subiu de 14% para 15%. O governo justificou a mudança alegando que os conflitos no Oriente Médio geram instabilidade sobre o preço do petróleo e podem levar a aumentos repentinos nos valores dos combustíveis no Brasil.
Com o aumento de biocombustíveis – produzidos no Brasil – nas misturas, as oscilações ficam menores. O País quer diminuir a dependência externa. O biocombustível também é menos poluente que combustível à base de petróleo.
A mudança deve ter impacto direto no bolso dos consumidores. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo, o aumento na proporção de etanol na gasolina pode gerar uma leve redução no preço, de até R$ 0,02 por litro, devido à alta oferta do produto durante o pico da safra da cana-de-açúcar. Após o fim da safra, quando a oferta estiver em baixa, possivelmente o preço irá subir.
No caso do biodiesel, o efeito é inverso: o aumento de 1 ponto percentual de biodiesel na mistura deve elevar o preço do diesel em cerca de R$ 0,02 por litro.