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Comil espera aumentar produção após período de férias

A Rádio Cultura entrevistou nesta segunda-feira, 13, o empresário Deoclécio Corradi, proprietário da Comil. Durante a entrevista no Estúdio Boa Vista ele falou sobre como a empresa enfrentou o período de pandemia, inovações no segmento de ônibus, falta de mão de obra, entre outros assuntos.

Corradi contou que a recuperação judicial é um impacto muito grande para qualquer empresa. Ele afirmou que se não fosse esse processo a Comil poderia não existir. “Trabalhamos bastante, com todo o cuidado e fizemos tudo o que precisava ser feito com muita calma e seriedade. Tudo o que foi combinado está sendo cumprido. O empresário confirmou que a empresa está se preparando para sair do regime de recuperação judicial. “Até o final do próximo ano é uma possibilidade”, disse Corradi.

Sobre a pandemia Deoclécio disse que junto com hotéis e turismo, as empresas de ônibus foram as mais atingidas. “Foram mais de 300 cancelamentos de encomendas de empresas que já haviam fechado pedido. Tínhamos uma equipe de mais de 100 pessoas contratadas em experiência para atender essa demanda e precisamos demiti-los antes de completar esse período”.

Deoclécio afirmou que dificuldades com fornecedores ainda são muito grandes. Ele contou que os preços aumentaram demais em todos os produtos, especialmente no ferro e aço. “Com o tempo vai se normalizando, mas até hoje se tem problemas com fornecedores”.

Sobre a produção, Corradi afirmou que a indústria produz cinco carros atualmente e que espera ampliar esse número depois as férias.

O empresário falou também sobre a chegada da tecnologia elétrica para ônibus. “Nós já encarroçamos um carro 100% elétrico. Esse carro já está andando por aí em testes para o empresário conhecer. É um chassi muito mais caro. As baterias ocupam cerca de 60% do bagageiro. É uma tecnologia sem volta, porém onde vai a bagagem e quem vai pagar a conta?”, questionou Corradi.

Atualmente a Comil conta com 1200 funcionários e segundo Corradi, a empresa enfrenta dificuldade para contratar mão de obra qualificada. “É uma atividade muito sensível. Você precisa treinar, e isso não é só na Comil todas as empresas de Erechim enfrentam dificuldade com a mão de obra”, afirmou o empresário.

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