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Com redução de mortes violentas em junho, semestre fecha com indicadores criminais em queda no RS

Com reforço das ações de segurança e aumento dos investimentos no combate à criminalidade, o Rio Grande do Sul fechou o primeiro semestre de 2023 com reduções de crimes violentos letais no Estado e demais indicadores criminais. Conforme dados divulgados nesta quarta-feira (5/7) pela Secretaria da Segurança Pública (SSP), de janeiro a junho, o RS registrou queda nos casos de feminicídio, latrocínio, roubos de veículos, crimes ao transporte público e abigeato.

Os resultados são reflexos do planejamento tático, operacional e de inteligência adotados pela SSP. Além do aumento de efetivo, os investimentos realizados nas vinculadas somados à capacitação e qualificação dos policiais na ponta vêm auxiliando na redução da violência no Rio Grande do Sul. Neste período, a SSP também coordenou duas edições da operação Cerco Fechado, resultando na prisão de centenas de criminosos em 48h.

“A redução dos indicadores mostra que estamos trilhando o melhor caminho de enfrentamento à criminalidade. De forma permanente, nosso monitoramento tem sido essencial para reforçar as ações executadas pelas forças policiais no Estado. Com fortalecimento dos serviços de inteligência aumentamos a pressão operacional resultando na ampliação de prisões, apreensões de drogas e armas impactando na asfixia financeira de grupos criminosos. Com este combate direto ao crime, seguiremos trabalhando pelo aumento da sensação de segurança dos gaúchos”, destaca o secretário da Segurança Pública, Sandro Caron.

Diminuição de mais de 30% dos casos de feminicídios

Com relação aos feminicídios, os casos seguem a curva descendente pelo terceiro mês consecutivo no Estado. Em junho, foram seis casos contra 11, registrando uma queda de 45%, em relação a junho de 2022. Já no primeiro semestre, a redução dos feminicídios chegou a 32%, ante igual período do ano passado.

Essa redução é resultado de uma série de ações adotadas pela secretaria e vinculadas para combater um dos crimes mais desafiadores da segurança pública, como a implementação do projeto do Monitoramento do Agressor, que acompanha o passo a passo de agressores de violência doméstica através de tornozeleiras eletrônicas específicas. O programa iniciou em Porto Alegre e Canoas e será expandido, de forma gradual, para todo o Estado com a instalação de 2 mil equipamentos.

Também houve fortalecimento das ações da Delegacia Online da Mulher e expansão das Salas das Margaridas, que chegaram a 77 unidades no Estado, com espaços especializados para atendimento e acolhimento de vítimas de violência doméstica.

“A atuação criteriosa da Polícia Civil vem contribuindo, cada vez mais, para este viés de queda dos principais indicadores de mortes violentas, roubos de veículos e feminicídios, tanto em Porto Alegre quanto no Estado. Isso é resultado de um trabalho intenso da corporação que segue atuando em sinergia com todas as forças policiais no combate à criminalidade”, pontua o chefe de Polícia, Fernando Sodré.

Semestre de investimentos para segurança

Além de aumentar o efetivo policial, a SSP também realizou a entrega de mais de cem viaturas para as vinculadas garantindo o patrulhamento ostensivo, com pelo menos uma viatura, em cada um dos 497 municípios gaúchos. Também foram realizados investimentos em tecnologia e inteligência, além do ingresso de mais de mil novos servidores para a área da segurança pública, entre brigadianos, policiais civis e bombeiros.

“O serviço de inteligência e o patrulhamento constante realizados pela Brigada Militar em parceria com os demais órgãos da SSP fortalecem o combate à criminalidade. A presença da BM na ponta contribui para a diminuição dos indicadores e permite trazer mais segurança para toda a população gaúcha”, afirma o comandante-geral da Brigada Militar, coronel Cláudio Feoli.

Semestre marcado pelo menor número de homicídios no RS dos últimos 13 anos

Durante o semestre, o Estado ainda registrou em maio o menor número de homicídios para qualquer mês desde o início da série histórica em 2010. Com reforço da segurança, junho também acompanhou a retração dos indicadores, com queda de 7,5%. Já em Porto Alegre, a redução foi mais expressiva, chegando a 13,8%, em relação a igual período de 2022. De janeiro a junho, houve uma oscilação de alta de 3%.

Latrocínios em queda, com pronta resposta

No caso dos latrocínios, o semestre fechou em queda de 17%, ante igual período de 2022. Ao todo, foram computadas 24 ocorrências de janeiro a junho desde ano. No mês passado, foram dois casos a mais em comparação com junho de 2022. Em função desta oscilação, a Secretaria da Segurança Pública reitera que ações efetivas vão seguir sendo adotadas a curto, médio e longo prazo para reduzir ainda mais as mortes violentas no RS. Além disso, a PC segue canalizando esforços para elucidar todos os inquéritos.

Roubo de veículos mantém tendência de queda

Em função de sucessivas quedas mês a mês, os roubos de veículos também fecharam o semestre com uma redução de 10% no Estado, em relação ao mesmo período de 2022. Pelo sexto ano consecutivo o primeiro semestre segue em declínio nos casos de roubo de veículos.

Os índices do RS também foram refletidos na Capital, com recuo de 13%. Recortando apenas o último mês de junho, no Rio Grande do Sul a queda de roubos de veículos chegou a 14%. Em Porto Alegre, a diminuição foi de 2% nos últimos 30 dias.

Segurança no campo

O primeiro semestre de 2023 apresentou queda de 17,9% nos abigeatos no RS. No Estado em que a atividade agropecuária representa 77% da área total, de acordo com os dados do Censo Agropecuário de 2017, o mês de junho teve o menor registro de ocorrências de toda a série histórica, iniciada em 2010. A queda na comparação com o mesmo mês de 2022, é de 32,5%, passando de 422 casos para 285.

Transporte coletivo

Reforçando a redução apresentada nos últimos meses, o primeiro semestre também finalizou com uma queda de 14,7% dos roubos ao transporte coletivo no Estado. Já em junho, houve uma diminuição de 3,8%.

Ocorrências em bancos

No primeiro semestre, foram registradas 17 ocorrências em agências bancárias, contra 14 em igual período de 2022, alta de 21%. Mesmo com a elevação da estatística, a maioria das ocorrências é relacionada ao furto e arrombamento, que resultaram somente na subtração de objetos e materiais das agências, não sendo subtraídos valores dos caixas, quantias em dinheiro e acesso ao cofre. Além disso, em nenhum dos casos houve reféns ou vítimas.

Fonte:  Ascom/SSP

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