Caso Miguel: Madrasta é transferida para Instituto Psiquiátrico após tentar suicídio no presídio de Guaíba

Bruna Nathiele Porto da Rosa, 23 anos, madrasta do menino Miguel dos Santos Rodrigues, sete anos, desaparecido em Imbé, no Litoral Norte, foi transferida nesta quarta-feira (4) para o Instituto Psiquiátrico Forense, em Porto Alegre. O instituto recebe criminosos com doenças mentais que cumprem medida de segurança.

A mulher e a mãe da criança, Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, 26 anos, estavam recolhidas na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, na Região Metropolitana, que tem capacidade para até 432 detentas, desde terça-feira (3). O motivo do encaminhamento, segundo o delegado Antônio Carlos Ractz Júnior, é que ela teria tentado suicídio. O estado de saúde dela não foi informado. Bruna deve passar por uma avaliação no local.

Inicialmente, a polícia suspeitou de que Bruna pudesse sofrer de problemas mentais, pela forma como ela se comportou no dia em que Yasmin foi presa. A polícia então solicitou que fosse realizada uma análise psiquiátrica. O médico concluiu que ela possui leve grau de autismo. 

O caso

A Polícia Civil prendeu em flagrante, por homicídio, a mãe que confessou ter espancado e jogado Miguel na água do Rio Tramandaí. Ela contou ter dopado a criança com um antidepressivo e, depois, o colocado em uma mala, na madrugada de quinta-feira (29). Em seguida, teria saído com a companheira da casa onde moravam, na área central de Imbé, e arremessado o corpo no rio.

Bruna Nathiele Porto da Rosa, companheira de Yasmin, foi presa no último domingo (1º). Ela alega que a mulher fez tudo sozinha e não teve participação, mas para a polícia ela sabia e auxiliou no resultado.

Desde a confissão da mãe da criança, são realizadas buscas pelo corpo do menino, mas até esta quinta-feira ainda não havia sido localizado.

Contrapontos

Uma nova equipe assumiu a defesa de Yasmin nesta quarta-feira. No entanto, o advogado Jean Severo, que passa a atuar no caso, informou que só irá se manifestar após analisar o inquérito. “Tem algumas informações que foram dadas da acusada para defesa que não estão batendo. Então a gente vai analisar muita coisa”, diz o advogado.

A advogada Josiane Tristão Silvano, que defende Bruna, informou que só irá se manifestar sobre o caso após ouvir a cliente.

Fonte: GZH

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