Câmara sedia Audiência Pública sobre segurança pública

O Plenário da Câmara Municipal de Vereadores foi palco, na manhã desta sexta, da Audiência Pública, promovida pela Comissão de Segurança e Serviços Públicos da Assembleia Legislativa do Estado e Poder Legislativo local, que teve como tema central dos trabalhos A Situação da Segurança Pública Urbana e Rural em Erechim e região do Alto Uruguai. Na condução dos trabalhos, o Deputado Estadual, Catarina Paladini.

Na Mesa de Trabalhos, a presença de lideranças locais e regionais na área de segurança pública, além de assessorias de Deputados Estaduais e comunidade.

Em suas manifestações o Tenente Coronel do 13 BPM, Elieu Roque falou da atual realidade da segurança pública do Estado, as suas necessidades e ações desenvolvidas para coibir a criminalidade e garantir a melhoria da segurança pública.

Também destacou o videomonitoramento, através do Projeto Sentinela e o georreferenciamento da zona rural do alto Uruguai, o que vem facilitar em muito o trabalho da Brigada militar no perímetro rural. Lembrou ainda a Patrulha Maria da Penha, o Proerd e outros programas. “A Brigara está fazendo a sua parte”.

Delegada Regional Diana Zanatta lembrou que a Polícia Civil atua em 37 municípios, ou seja, é hoje a maior região policial do Estado. São 27 órgãos policiais, sendo que Erechim possui 06 delegacias de policia, sendo 21 localizadas no interior. Também destacou o DEFREC que atua nas áreas de homicídios, roubos de veículos, extorsão e tráfico de drogas.

“Hoje possuímos 60% a menos do efetivo que seria necessário, ou seja, estamos muito aquém, sendo que nossa maior necessidade é o aumento do número de agentes. Ou lamentamos, ou buscamos parcerias, optamos pela segunda opção”.

Diana pontuou da importância de parcerias como os Poderes Públicos, a exemplo do Legislativo e Executivo. “Uma união importante que nos garante recursos para a segurança pública, visto que há a

necessidade urgente para a renovação da frota, como da necessidade cada vez mais latente de se trabalhar com tecnologias de ponta e inteligências. Temos atuado de forma efetiva e eficaz na solução de todos os casos”.

Responsável pelo IGP de Passo Fundo, órgão de segurança pública, destacou que o mesmo tem um papel importante dentro da segurança pública, e que as maiores demandas são dos municípios de Passo Fundo e Erechim que, conforme ele funciona como uma grande metrópole devido a proximidade com os municípios, somando cerca de 300 mil habitantes.

A região de Passo Fundo abrange 30% de toda a demanda regional atualmente. Hoje são cinco equipes e seis médicos para atender 150 municípios. Já a microrregião de Erechim possui 42 municípios, esta que enfrenta hoje um grande problema de exames de necropsia, que só e feita em Passo Fundo.

Lembrou que há uma grande probabilidade para a realização de concurso público para serem designados agentes para Erechim em março de 2018. De 1700 vagas, hoje possui somente 700 servidores trabalhando.

Presidente do CONSEPRO, Miguel Gotler pontuou a atual situação da falta de médico legisla em Erechim. “Lamentamos o esquecimento de Erechim por parte do Governo do Estado”.

Prefeito Luiz Schmidt ressaltou que valoriza a parceria estabelecida entre os Poderes Públicos no município. “O Estado é uma queixa comum, sempre diminuindo a sua participação. O cidadão também tem que fazer a sua parte. Somos sempre parceiros com ações relacionadas à Segurança Pública”.

Alertou, ainda, que a grande responsabilidade da segurança pública é da sociedade. “Vamos continuar sendo parceiros, mas a sociedade tem que cumprir com as suas obrigações”.

Presidente do Poder Legislativo, Dal Zotto, lembrou que a necessidade da formação de uma nova turma de soldados é para ontem. “Carece o atendimento as demandas elencadas, a exemplo da construção de um novo presídio e a ampliação do Projeto Sentinela”.

Deputado Paladini lamenta que atualmente está se enxugando gelo, devido a grande organização e poder de fogo das mais diversas facções.

“Temos que ampliar o armamento da Brigada Militar e Polícia Civil, como dar condições de trabalho, a exemplo de viaturas e armamento de ponta. Reaproveitar as armas que são apreendidas e não incinera-las. Distribuir para as polícias no uso contra o tráfico e outros problemas”.

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