Bicadas da semana

# O prefeito Luiz Francisco Schmidt agiu corretamente ao suspender a Consulta Popular sobre o turno único, devido aos relatos de suposta fraude. Nós da Rádio Cultura e Jornal Boa Vista já tínhamos informado, cerca de duas semanas antes de iniciar a votação, que poderia ocorrer fraude na consulta. Uma das denúncias, recebemos durante entrevista com o secretário Roberto Fabiane.

Perguntar não ofende. Se não houver acordo entre Rafael Ayub e Mario Rossi na eleição à presidência da Câmara de Vereadores, e também para candidatura a deputado federal, onde Rafael disputa com o ex-prefeito Polis, como ficará o ambiente interno no PMDB? Se Rafael ficar de fora da disputa para a Câmara e não for indicado para concorrer a deputado federal, permanecerá no partido ou vai buscar outro ninho? Um abacaxi a ser descascado pela presidente Ana de Oliveira.

# A possível candidatura de Paulo Alfredo Polis a deputado federal tem o apoio do presidente estadual do PMDB, Alceu Moreira, que abonou sua ficha de filiação, e do próprio governador, José Ivo Sartori, além do deputado Capoani. Rafael tem o apoio do deputado, Tiago Simon, e parte da juventude pemedebista. Se uma boa equipe de bombeiros não intervir, poderemos ter fogo cruzado aí, não entre Rafael e Polis, mas entre quem está jogando gasolina na fogueira.

# Qual será o caminho que tomará o ex-vereador e presidente do PDT, Ernani Melo, já que o mesmo tem convite do PSD de Danrlei, do PR de Giovani Cherini, e agora entrou na disputa o PPS, da deputada Any Ortiz. O empecilho para que Ernani vá para o PR seria que o partido faz parte do governo municipal. Já com relação ao PSD, o partido tem o vereador Pimenta, que faz parte da base governista, e no PPS, pode ser a falta de uma estrutura que possa bancá-lo como candidato a majoritária na próxima eleição municipal.

# Não estou conseguindo entender alguns membros do atual governo municipal e também do PSDB, que estão tentando atribuir o “laço” que a situação está levando da oposição na Câmara de Vereadores ao líder de governo, Renan Soccol. Antes de tentar queimar um jovem que pode ter muito futuro na política local, tem que ver se a falha não está no Executivo e causando reflexo no Legislativo. O vereador Renan não tem superpoder para salvar a situação neste momento, já que o governo está deixando a bola picando para a oposição chutar e fazer o gol. Quem tem que mudar é o governo e não o líder na Câmara.

# Um bom treinador, neste caso seria Luiz Francisco Schmidt, tem que olhar primeiro o seu time em campo e então buscar as substituições. Acredito que o prefeito não vai querer queimar o jovem vereador Renan, até porque a culpa está do outro lado da rua.

# Na semana que passou escrevi neste espaço que não entendia o motivo de a Corsan ainda não ter canalizado a água nos dois reservatórios que já estão prontos, enquanto muitas residências ficam sem abastecimento em vários horários do dia. Diante disso, o gerente local da Corsan, Joscelino Mikulski, me garantiu que nos próximos dias os dois reservatórios estarão sendo abastecidos e por consequência, o problema crônico de anos será solucionado definitivamente.

Na última sexta-feira, dia 03, entrevistamos na Rádio Cultura o presidente da ACCIE, Claudionor Mores. Quando questionado sobre o fato de que a eleição para presidente da entidade estaria tendo dificuldades em encontrar uma pessoa disposta a assumir o cargo, ele destacou que estão ocorrendo várias reuniões para encontrar um presidente, mas quando perguntado se aceitaria mais um mandato, nas entre linhas, deixou claro que se for necessário vai aceitar. Neste momento o nome mais cotado para assumir a ACCIE para o próximo mandato, é o do próprio Claudionor. São cada vez mais raras em nossa cidade as pessoas dispostas a assumir uma entidade de forma voluntária, cada um quer cuidar dos seus negócios.

# Existe uma música do cantor Odair José, que fez muito sucesso nos anos 70, que diz o seguinte: “Cadê você, que nunca mais apareceu aqui?”. Esta música serve muito bem para alguns membros do governo municipal e até do Legislativo, que antes das eleições eram vistos em vários locais da cidade, e hoje desaparecerem. E quando raramente aparecem, é como dizia meu falecido pai, seu Luiz, “baixam a aba do chapéu para passar despercebidos”. Alguns suspenderam até a tradicional caminhada pela Avenida Sete de Setembro. Ou seja, “cadê você, que nunca mais apareceu aqui?”.

Por Egidio Lazzarotto

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