Atravessando crise profunda, Seleção Brasileira tem futuro incerto

A Seleção Brasileira costuma movimentar as melhores casas de apostas do mundo inteiro, já que tem a camisa mais tradicional do futebol. Mas se antes a maioria dos apostadores tinha como certos os triunfos do Brasil, o cenário hoje é quase o inverso.

Atravessando uma crise profunda, a Seleção Brasileira tem protagonizado vexame atrás de vexame. O mais recente foi o da Copa América deste ano, quando a equipe comandada por Dorival Júnior foi eliminada nas quartas de final. Em quatro jogos, foram três empates e apenas uma vitória.

E os péssimos resultados coletivos são reflexos direto da queda de qualidade dos jogadores brasileiros. Basta ver que, em 2002, nomes como Alex, Djalminha, Romário, Juninho Pernambucano, Élber e muitos outros não foram para a Copa do Mundo.

Hoje, todos esses craques seriam titulares absolutos. Não é à toa, portanto, que desde 2007 nenhum jogador brasileiro fatura a Bola de Ouro.

Treinadores defasados

Embora não produza os grandes jogadores de antigamente, o Brasil ainda conta com bons nomes e está nivelado com as principais seleções do mundo – talvez um pouco abaixo de França e Espanha.

Mas, com um trabalho bem feito, a Seleção pode, sim, voltar a brigar por títulos. E é aí que mora outro problema: nossos treinadores estão absolutamente defasados e nenhum deles é sequer cotado para dirigir grandes clubes fora do país.

Dessa forma, com a CBF inisistindo em manter treinadores brasileiros à frente da Seleção, é difícil imaginar qualquer cenário muito diferente daqueles que vêm ocorrendo ao longo dos últimos anos.

Expectativa para o futuro

O futuro da Seleção Canarinho, portanto, não parece nada promissor. Apesar disso, há alguns jogadores surgindo que despertam a esperança nos torcedores brasileiros.

Talvez o principal deles seja o jovem Estêvão, de apenas 17 anos. O ponta vem mostrando muito talento e, apesar da pouca idade, já é o principal jogador do Palmeiras. 

O jovem, aliás, é também o artilheiro do Brasileirão e já foi contratado pelo Chelsea, clube no qual se apresentará na metade de 2025.

Além dele, Endrick, outra revelação do Palmeiras, também é alvo de grande expectativa por parte da torcida. Talvez menos talentoso do que Estêvão, Endrick é um jogador de força 

física, chutes fortes e decisões rápidas. 

Não há dúvidas de que, dependendo de como eles conduzam suas carreiras, ambos poderão ser essenciais para uma eventual recuperação da Seleção Brasileira no cenário internacional.

Copa do Mundo de 2026

A principal missão de Dorival Júnior será fazer o Brasil ser competitivo na Copa do Mundo de 2026. As apresentações recentes não são nada animadoras, como se sabe. Apesar disso, o treinador terá um ano e meio para mostrar evolução.

Apesar de nunca ter sido um dos principais treinadores brasileiros, Dorival vinha de trabalhos interessantes à frente de Flamengo e São Paulo quando foi chamado pela CBF.

Este é, sem dúvida nenhuma, o maior desafio de sua carreira, e muitos se questionam se ele está preparado. Afinal, mesmo Tite, que tinha uma carreira muito mais sólida, não se mostrou apto para um desafio dessa magnitude.

Dorival Júnior sabe que terá de apresentar uma evolução rápida ou corre o risco de nem sequer chegar à Copa do Mundo. A torcida, portanto, é para que o treinador consiga mostrar o bom trabalho que fez no comando de Flamengo e São Paulo.

Apesar disso, o futuro da Seleção Brasileira é bastante incerto. Como não há nenhum tipo de planejamento por parte da CBF, as coisas vão sendo feitas aos trancos e barrancos. 

Dorival Júnior foi jogado na fogueira e, agora, precisa mostrar que consegue apagar as altas labaredas que consomem o nosso futebol.

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