Em torno de 700 associados do Apostolado da Oração das Paróquias da Diocese de Erexim participaram de encontro, agora chamado “Dia Eucarístico”, neste terceiro domingo da Quaresma, no CTG Sentinela da Querência.
Pe. Paulo Bernardi, Pároco da Paróquia São Pedro de Erechim e assessor diocesano do Apostolado, com equipe de coordenação, conduziu a preparação e a realização do evento que teve palestra e cantos de animação, Hora Santa e celebração eucarística.
A parte da manhã teve a assessoria do Pe. Ezequiel Dal Pozzo, da Diocese de Caxias do Sul, que refletiu sobre a forma de conduzir a vida e ser pessoa feliz. Para ele, a vida é uma sucessão contínua de escolhas. Para que elas sejam acertadas, é necessário a pessoa se conhecer a si mesma e contar com a ajuda do Espírito Santo. Há tecnologia sempre mais avançada, mas o ser humano não se conhece e se tem uma geração triste. Indicou algumas atitudes negativas a evitar, como o azedume, descontentamento com tudo, a crítica destrutiva. Apontou virtudes indispensáveis, a cordialidade, a alegria, o otimismo, a valorização do outro, a amizade, o respeito, a esperança, a fé, a oração, a confiança em Deus e outras. Como é padre cantor, apresentou diversas de suas canções.
No início da tarde, houve a Hora Santa, a adoração e bênção do Santíssimo, conduzida pelo Edinaldo dos Santos Bruno, Pároco de Itatiba do Sul. Em suas motivações, ressaltou a importância da intimidade com Cristo para se ter força na prática do amor e da misericórdia, indispensáveis para a superação da violência, pedida pela Campanha da Fraternidade. Destacou também a devoção a Maria, modelo de vida cristã, a cruz de Cristo como sinal do amor de Deus pela humanidade.
Na conclusão do encontro, Dom José presidiu missa, concelebrada por 15 padres, com a participação de três diáconos, ministros, religiosas, colaboradores do Sentinela da Querência e todos os membros do Apostolado presentes neste “Dia Eucarístico”.
Dom José, na homilia, recordou que a Mãe Igreja oferece a seus membros a Quaresma, caminho de purificação em preparação à Páscoa, vivido à luz da Cruz redentora de Cristo. Referindo-se aos mandamentos da Lei Divina, conforme a primeira leitura do dia, ressaltou que representam a proposta de Deus e a resposta do ser humano na fidelidade à Aliança. No mistério de Cristo, resplandece a fidelidade de Deus às suas promessas. Mencionou a passagem do Evangelho do dia, que apresenta Cristo no Templo de Jerusalém por ocasião da Páscoa judaica, quando expulsa dele os vendilhões e os sacerdotes e doutores da lei o questionam perguntando quais os sinais que apresentava para agir assim. Observou que a pergunta revela falta de confiança em Deus e que se pode transformar a vida de fé num mercado, exigindo que Deus nos dê seus dons para expressar-lhe nosso amor por ele. Acentuou que Cristo estava no Templo por ocasião da Páscoa, memória do dom da liberdade concedido por Deus ao povo hebreu que era escravo no estrangeiro. O sinal que Cristo oferecia era o da entrega da sua própria vida a Deus na Cruz para o bem de todos. Ele sacrificou a si e não a vida dos outros. Enfatizou que o amor verdadeiro jamais se impõe, mas se expõe. Concluiu sua reflexão exortando a todos a não terem medo de trabalhar para o fortalecimento da fé e da fraternidade, no combate á violência, que começa no coração de cada pessoa e contamina toda a sociedade.