Na última quinta-feira (9), entrevistamos o empresário e diretor da Brastelha, um dos fundadores da Unindustria e secretário do desenvolvimento na primeira gestão de Paulo Polis, Valmir Badalotti. Na oportunidade, propomos um debate referente à 10 desafios para os próximos 10 anos para Erechim. Essa é uma proposta levantada pela Rádio Cultura e Jornal Boa Vista.
Devido ao tempo e à complexidade, foi possível avançar em apenas três temas com o entrevistado, que foram: o anel viário, a preservação de áreas para futuras instalações de novas indústrias e a falta de representação política em Brasília. “Concordo com os 10 desafios que vocês levantaram e estão defendendo. A cidade de Erechim precisa urgentemente de buscar recursos onde eles estiverem para construir este importante anel viário par ligar a BR-480 com a ERS 211, rodovias que nos ligam com Santa Catarina e com cidades como Campinas do Sul, respectivamente. Este anel rodoviário é única maneira de tirar o trânsito pesado das Três Vendas e da Caldas Junior”. Disse Valmir Badalotti.
Outro tema levantado são as áreas para instalar futuras indústrias. “Precisamos fazer um grande debate com a comunidade empresarial, com administração municipal e vereadores, para definirmos urgentemente a preservação de áreas para instalarmos novas indústrias. O corredor desenvolvimento na ERS-135 que foi criado na primeira administração do Polis quando fui secretário de desenvolvimento, está praticamente todo ocupado até a Universidade Federal. Em breve a Berbau deverá se mudar para local e outros empresários já tem o terreno comprado para encaminhar os projetos para construir as suas industrias. O novo distrito industrial já está totalmente ocupado. E depois, para onde vamos”? Questiona Badalotti.
Outro tema é falta da representação política em Brasília. “Se não estamos conseguindo eleger um deputado federal de Erechim e da região, as entidades de nossa cidade junto com o prefeito, é que precisam assumir esse papel e temos que irmos todos juntos para Brasília. É necessário mantermos várias audiências com ministérios do governo federal e se for possível até com o presidente da república. Temos que parar de dizer que não temos representantes e o que as entidades estão fazendo para viabilizamos estas audiências? Temos que reagir com que temos e se preciso, lotar dois ou três dos nossos aviões e irmos todos juntos batermos as portas do governo federal”. Questiona o empresário Badalotti.