André Jucoski mantém pré-candidatura a deputado federal

O professor, vereador e presidente do PDT de Erechim, André Jucoski, 38, adicionou recentemente uma nova e importante função ao seu já atribulado dia-a-dia: a de gerenciar o complexo de ensino Barão do Rio Branco/FAE. Em razão disto, chegou a circular na imprensa e nos bastidores políticos de campo pequeno a possibilidade de que abriria mão de concorrer a deputado federal na eleição de outubro.

Quem apostou nesta possibilidade, no entanto, ‘errou o pulo’.

Em entrevista ao BV, Jucoski garante que mantém a pré-candidatura e vai além, sustentando acreditar ter chances reais de eleição. ‘Devo fazer votos em mais de 100 municípios’, projeta o professor de matemática, com mestrado em Ciências Estatísticas e MBA em Gestão Empresarial.

Durante o bate-papo, realizado 50% via WhatsApp e 50% em caráter ‘presencial’ na redação do BV, Jucoski ainda avalia o governo Schmidt e Lando, fala do espaço dos pedetistas na gestão municipal e, mesmo que não descarte concorrer à prefeitura em 2020, diz não ter problema em apoiar o vice-prefeito Marcos Lando. “Hierarquicamente, o vice-prefeito tem preferência”, resume.

A seguir, os principais trechos da entrevista de André Jucoski – que se declara o ‘(pré-)candidato da educação’:

O Sr. sempre foi uma pessoa voltada à educação, seja como professor ou diretor de instituições de ensino. Neste meio tempo, encontrou espaço para se dedicar à política. O que te faz mais feliz?

Minha história sempre foi marcada por grandes desafios. E os desafios dão sentido a minha trajetória, principalmente aqueles que contribuem para ajudar a comunidade em que estou inserido. Vivemos uma época, principalmente nas redes sociais, em que as pessoas disseminam rancor, ódio e assumem uma posição muita cômoda de criticar tudo e todos. Tanto na minha vida profissional como política faço o possível para dar meu melhor. No setor público, as mudanças são mais demoradas, mas fundamentais para a construção da democracia, mesmo que esses pequenos avanços custem muitas decepções.  O que não podemos fazer é desistir.

Nesta linha de desafios, como se deu e qual é sua participação na nova ‘era’ do Barão do Rio Branco?

Fui convidado por um grupo de investimentos de São Paulo para contribuir na gestão exercendo a função de diretor institucional. Sendo assim, sou funcionário de confiança na área de gestão – posto que assumi na intenção de oferecer o meu melhor a essa grande instituição que foi determinante para construir a história de Erechim e Alto Uruguai.

Em razão deste compromisso com o Barão, será possível manter sua pré-candidatura a deputado federal?

Sim. Meu trabalho não deve ser um empecilho para me apresentar como opção em um momento tão singular como vivemos hoje na política nacional.  A grande questão é que profissionalizamos demais as eleições. Para que aconteçam mudanças significativas na vida das pessoas, precisamos dar outro enfoque ao processo eleitoral. Este deve ser feito de tal forma que as lancemos estímulos para que o eleitor tenha critérios sólidos na escolha de seus candidatos; do contrário continuaremos a ver sempre os mesmos profissionais que nem sempre pensam nas reais necessidades que temos. Até porque as promessas acabam sendo sempre as mesmas, e como cidadão votamos do mesmo jeito sempre. Continuo pré-candidato porque não estou satisfeito com a realidade atual e quero contribuir em uma mudança significativa na sociedade. Poderia assumir a posição mais cômoda de desistir e ficar criticando, mas vou buscar contribuir. Enxergo reais chances de eleição e entendo que tenho a qualificação para o cargo.

Politicamente, como tem sido sua experiência nestes quase 20 meses na Câmara de Vereadores de Erechim?

Tenho aprendido muito. Colhido muitas decepções. A principal é que agentes políticos não conseguem pautar as discussões em projetos e sim em percepções político eleitorais. Existem  políticos que trabalham na busca constante de votos e não dá construção de uma sociedade, mas que fique  claro que em contrapartida existem aqueles que pensam em um projeto para a cidade. Gostaria de fazer muito mais, mas os entraves de cunho eleitoral prejudicam muito o desenvolvimento de soluções para o cidadão que é nosso verdadeiro patrão. No nosso mandato temos cumprido com o papel de apresentar possibilidades ao executivo, seja com projetos ou proposições diretas em setores atendendo aos anseios da comunidade e não deixando de trabalhar como agente fiscalizador do executivo.

Como o PDT avalia a gestão Schmidt e Lando?

Dentro do partido existem, como em qualquer discussão, múltiplas opiniões.  Nosso trabalho tem sido unir esforços no sentido de construir uma cidade melhor através da participação de todos os filiados e simpatizantes.

Há quem diga que o PDT, em razão de pouco espaço no governo, poderia até deixar a gestão municipal…

É normal que os partidos busquem espaços, e com o PDT não é diferente. Mas, não é a intenção do partido sair do governo neste momento, até porque temos o vice-prefeito eleito. Como presidente, posso afirmar que nossa preocupação é buscarmos construir uma cidade melhor.

Afinal, quantos cargos o PDT têm no governo municipal?

Cerca de uma dezena.

Olhando para 2020, o PDT tem, pelo menos, dois pré-candidatos à prefeitura de Erechim: o vice-prefeito Marcos Lando e o Sr. Quem larga em vantagem?

Hierarquicamente o vice-prefeito tem preferência. Mas, o que importa é termos bons nomes para oferecermos ao eleitor erechinense, propondo a discussão e as soluções que a cidade precisa.

Por Salus Loch 

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