O ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou nesta terça-feira (30) que o programa Voa Brasil, que disponibiliza passagens aéreas de até R$ 200 para aposentados do INSS, vendeu 3 mil passagens desde o lançamento, na semana passada. O número representa 0,1% do total oferecido no primeiro dia.
Quando foi apresentado pelo governo, dia 24 de julho, 3 milhões de passagens foram disponibilizadas para compra no site do programa.
“Até ontem [segunda, 29], já foram vendidas 3 mil passagens. Tivemos 50 mil acessos, 3 mil vendas. Isso vai se iniciando a venda na medida que as pessoas forem procurando. Agora, a ideia é que as [empresas] aéreas e o Ministério façam um trabalho de comunicação. Tem muita gente testando o programa e isso vai se iniciando”, disse o ministro.
Questionado sobre a baixa adesão, o ministro disse que “o mais importante é que apresentamos algo ao Brasil sem custo para o País, foi uma ação pedagógica de incluir brasileiros aposentados para viajar pela aviação”.
Não haverá gasto de dinheiro do Orçamento federal para reduzir o custo das passagens para quem comprar pelo Voa Brasil. O trabalho do governo foi costurar com as companhias áreas um acordo para que ofereçam os bilhetes a esse preço para quem não viajou nos últimos 12 meses.
O argumento do governo é que essas pessoas vão ocupar vagas ociosas nos aviões. O secretário nacional de Aviação Civil do Ministério dos Portos e Aeroportos, Tomé Franca, explicou, na inauguração do programa, que historicamente cerca 15% e 20% dos assentos não são ocupados no ano.
“É uma cota (para os aposentados). São passagens dentro dessa ociosidade”, disse na ocasião.
Conforme dados levantados por auxiliares do presidente Lula, a aviação civil movimentou aproximadamente 112 milhões de passageiros no ano passado. Desse total, cerca de 12% (mais de 13 milhões) das passagens foram vendidas por até R$ 200.
A expectativa é que os 3 milhões de bilhetes do Voa Brasil façam essa fatia crescer, pois as empresas aéreas ocupariam os lugares vazios nos aviões com aposentados que não costumam viajar.
“Dos 112 milhões, apenas 30 milhões de CPFs viajam. Apenas 30 milhões de CPFs viajam pelo brasil. Qual a essência do programa? Incluir mais gente”, afirmou Costa Filho na semana passada.