Em sessão extraordinária realizada no último dia 12 de janeiro, vereadores de Ponte Preta deliberaram sobre vários projetos e o mais polêmico foi a criação de um cargo de CC (Cargo de Confiança) para cuidar do Centro Esportivo, proposta rejeitada pela oposição Nelcir Oldra (PP), Alceu Carus (PP), Jandir Martinelli (PTB) e Elio Gadenz (PTB) e, com o voto de desempate do Presidente da Câmara, vereador da situação, Enio Celi (PMDB).
“Por entendermos que o centro foi construído a mais de 20 anos e sempre esteve aberto para a população usufruir, não teria a necessidade de mais um cargo, até porque o município possui seis CCs na garagem municipal, num contexto de 23 funcionários e mais um cargo de diretor de desportos, que é CC, e que pode designar para cuidar o Centro Esportivo”, declarou o vereador Oldra.
Outra proposta rejeitada, desta vez por unanimidade e com a iniciativa do presidente da Câmara, foi a que aumentava os salários do prefeito, vice e vereadores para o ano de 2018. Outros projetos de alteração de padrão de vencimentos e funções gratificadas foram rejeitados. “Com isso vamos gerar uma economia de mais de R$ 100 mil por ano, que poderão ser investidos nas áreas mais importantes, como saúde, educação e agricultura”, explica Oldra.
Para ele, “não é aceitável aumentarmos as despesas do município com cargos desnecessários, num momento em que a população sente os reflexos de uma crise econômica, política e moral no Estado e no País. Consequentemente acaba refletindo nos municípios com baixa de arrecadação e a falta de recursos para investir nos setores mais importantes para a nossa população. Nós, vereadores eleitos pela população, não podemos concordar e aceitar a criação de CCS e mais despesas, até porque o município está trabalhando com Turno Único, justamente em função da baixa de arrecadação”.
Segundo Oldra, hoje, os gastos com a folha do município estão chegando a 40%, incluindo os agentes políticos. Para cada 15 habitantes, Ponte Preta tem um funcionário público.
Na sessão foi aprovada a criação de um cargo de merendeira e aumento de 4% para o funcionalismo público.