O Vereador Ale Dal Zotto (PSB), se reuniu nesta terça-feira (11), com representantes da secretaria de Cultura, Esporte e Turismo para tratar sobre a situação do Castelinho. Estiveram presentes o secretário Leandro Augusto Basso, o diretor de Cultura e Turismo, Neidmar Roger Charão Alves, a arquiteta urbanista, técnica do Departamento de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural do município, Ariane Pedrotti de Ávila Dias e a assessora, Tainete Farina. O vereador Dal Zotto, havia enviado ao executivo um requerimento de informação na sessão ordinária do dia 12 de junho de 2019, referente à quantia de dinheiro que foi investida em obras, reformas, restaurações e quais outros investimentos no prédio nos últimos 10 anos.
O Castelinho é um símbolo da época da Colonização de Erechim, e foi fechado para restauração em 2013. Na época o orçamento para a restauração do local era de dois milhões de reais, e segundo a secretaria de Cultura, Esporte e Turismo, foram gastos cerca de 700 mil reais. A obra também, precisou ser dividida em etapas, devido a especificidade, conforme documentos entregues pela prefeitura. O prédio é tombado como Patrimônio Público pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul.
Conforme resposta do requerimento de informação, na época da obra o município não conseguiria arcar com o valor sozinho, por isso a solução foi dividir o restauro em etapas. Segue explicação: “A primeira, apenas para itens emergenciais, como solucionar problemas no telhado, que tinha várias partes cedendo, conserto de algerosas, na infraestrutura interna às paredes e parte de pisos (vigas, pilares e barrotes), descupinização e tratamento impermeabilizante nas madeiras e pisos externos. Como se trata de intervenção de restauro em edifício de madeira, não tendo sido feito prospecção anterior (abertura de janelas de inspeção para vistorias por dentro das paredes), ao iniciar as obras percebeu-se problemas maiores que aqueles vistos externamente, e necessitou-se fazer aditivo para troca de mais madeiras de vigas e barrotes de sustentação, que precisam ser de madeira de lei, tratada com um diâmetro grande para ficarem similares às originais e sustentarem a mesma carga. Graças estas intervenções o prédio não corre risco hoje de desmoronamento como corria antes de iniciar as obras. Porém, como foi relatado, apenas parte da obra foi executada, restando o restauro da parte interna (pisos, forros e paredes) e sistemas complementares (elétrico, hidrossanitário, SPDA e PPCE) necessários para funcionamento do prédio, sem os quais, a abertura é inviável.” – informa a prefeitura no requerimento de informação.
A primeira etapa da obra foi concluída em 2014, mas o prédio seguiu fechado. Em dezembro de 2018, iniciou-se as tratativas para a retomada das obras deste importante símbolo da cidade, mas segundo a secretaria de Cultura, Esporte e Turismo, são necessários alguns passos, que tem sido debatidos em audiências públicas, como plano de ocupação, restauração, gestão e conservação do prédio. Só assim será possível buscar fundos para estabelecer prazos para restauração e reabertura. Todo processo também deve ser acompanhado pelo Iphae, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado.
O vereador Ale Dal Zotto se diz satisfeito com as informações, o empenho para o novo projeto e plano de ocupação do Castelinho, mas lamenta a demora no processo. “O símbolo maior da cidade parece estar abandonado. É uma pena essa questão ser tratada com morosidade e falta de atenção nesses últimos anos” – destaca.